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O primeiro-ministro, Luís Montenegro, assinalou, esta terça-feira, os mil dias de conflito na Ucrânia considerando que são “mil dias de guerra à democracia, ao humanismo e ao direito internacional”, numa publicação na rede social X.

“1000 dias de guerra na Ucrânia são mil dias de guerra à democracia, ao humanismo e ao direito internacional. São dias de desafio e solidariedade europeia com o povo ucraniano”, escreveu Luís Montenegro.

Na mensagem, o primeiro-ministro dirigiu-se ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmando: “Portugal caminha lado a lado convosco”.

Na conferência de imprensa final da cimeira do G20, no Rio de Janeiro, Montenegro foi questionado sobre esta data, reiterando a “condenação veemente” de Portugal à invasão por parte da Federação russa.

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“Há mil dias que nós travamos uma luta incessante ao lado do povo ucraniano, ao lado daqueles que são respeitadores da ordem internacional, do direito internacional, do direito humanitário, para evitarmos não só o agravamento da situação a escalada da violência, como salvaguardar que é possível um entendimento e é possível uma solução de paz”, disse.

Montenegro lembrou que Portugal participou na primeira conferência pela paz, na Suíça, e estará na próxima.

“A nossa diplomacia está ao serviço das grandes causas da humanidade, está ao serviço da defesa da dignidade das pessoas e esse é um princípio com o qual o povo português e o Governo português têm uma relação absolutamente umbilical, indissociável”, disse.

O primeiro-ministro disse ainda que “por estes dias” dirigirá uma mensagem ao presidente da Ucrânia no sentido de se preservar “a capacidade de continuar a abastecer o globo e também a Europa com produtos agrícolas provindos da Ucrânia e que estão também colocados em crise todas estas cadeias de abastecimento precisamente pelas consequências que derivam desta guerra”.

Questionado se acredita em alguma mudança após a reunião do G20, onde a Federação Russa esteve representada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Montenegro disse que “a diferença à volta da mesa não foi significativa”.

“Aquilo que eu pude assistir e no qual também participei foi uma sensibilização, mais uma vez, da Rússia face àquela que é a sua conduta. Não creio que desse ponto de vista tenha havido mais divisão do que aquela que já havia, o que todos sentimos é que há, de facto, um isolamento grande por parte da Rússia, sem embargo de alguns países estarem de forma mais ou menos direta a contribuir para algum consolo da posição da Rússia neste conflito”, afirmou.

Segundo Montenegro, foi “largamente maioritária a postura de condenação, por um lado, e de contribuição para que a diplomacia possa efetivamente vencer, possa conduzir as partes envolvidas no conflito a encontrarem uma solução”.

“Uma solução que é boa, se for encontrada, será boa para a Rússia, que não é seguramente hoje um país que tire proveitos das suas iniciativas e das suas condutas, não é positivo para a Ucrânia e para os ucranianos e não é positivo para a Europa, para os europeus, para não dizer mesmo num contexto global”, afirmou.

A guerra na Ucrânia começou há mil dias com a invasão russa de 24 de fevereiro de 2022.

O conflito provocou a maior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial.

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