O Presidente angolano defendeu esta quinta-feira a necessidade de se apostar nos jovens para o “salto decisivo” na economia e no desenvolvimento integral do país, considerando que a diversificação económica deve acontecer “mais facilmente” com as novas tecnologias.
“Vivemos atualmente num mundo digital, dominado pelas tecnologias de informação e comunicação, com inteligência artificial, com os seus méritos e ameaças em franco crescimento, domínios onde os mais jovens se sentem à vontade pela facilidade de aprendizagem e adaptação mais rápida que tem”, afirmou João Lourenço.
Falando na abertura do IX Congresso Ordinário da JMPLA, braço juvenil do partido no poder em Angola, o chefe de Estado disse que com as tecnologias de informação, digitalização e industrialização, “mais facilmente” o país deve diversificar a sua economia, aumentar a produção nacional, as exportações e postos de trabalho.
“Fica assim mais clara a necessidade da aposta nos jovens se queremos dar o salto decisivo na nossa economia e no desenvolvimento integral do nosso país“, assinalou, pedindo a contribuição destes para o executivo encontrar as melhores soluções para os problemas da juventude, como a educação, o emprego, a inserção no mundo dos negócios e a habitação.
Aos delegados que participam deste congresso da Juventude do Movimento Popular de Libertação de Angola (JMPLA), o também presidente deste partido, no poder desde 1975, pediu reflexão sobre a esperança e os anseios dos jovens angolanos.
Este congresso ordinário vai eleger novos órgãos diretivos da organização juvenil do partido, o seu primeiro secretário nacional e o novo comité nacional “que com certeza fará da JMPLA uma organização mais dinâmica, inclusiva e cada vez mais próxima dos jovens angolanos e da sociedade angolana no geral”, considerou.
João Lourenço exortou igualmente os jovens a liderarem a “frente do combate” contra a vandalização de bens públicos, o tráfico e contrabando de bens, contra a droga e o alcoolismo, contra o desrespeito dos símbolos nacionais, a profanação de campas nos cemitérios, e ainda contra a violência doméstica e outros crimes.
“Queremos uma JMPLA comprometida com o ambiente, com as alterações climáticas, suas consequências e formas como mitigá-la”, observou, defendendo que os jovens devem estar também atentos aos assuntos relacionados à paz e segurança global.
O dirigente do MPLA disse o partido sempre valorizou e apostou no potencial dos jovens, e recordou que o país vai celebrar 50 de independência em 2025 com entusiasmo.
Partidos políticos, igrejas, organizações da sociedade civil e “cidadãos patriotas e comprometidos com as causas nobres da nação” vão participar “entusiasticamente” nas atividades programadas para render homenagem a todos aqueles que “com sacrifícios incomensuráveis tornaram possível, após cinco séculos de humilhação, quebrar as grilhetas da opressão colonial”, concluiu João Lourenço.
Delegados das 18 províncias angolanas participam deste IX Congresso Ordinário da JMPLA, que decorre de 21 a 23 de novembro, em Luanda para eleger o novo secretário-geral da organização política, com Adilson Hach e Justino Capapinha a concorrem ao cargo.