O republicano Matt Gaetz — que se retirou do processo de nomeação para procurador-geral dos Estados Unidos depois de várias polémicas envolvendo droga e conduta sexual indevida — anunciou, esta sexta-feira, que não pretende reocupar o lugar de membro da Câmara dos Representantes na próxima sessão legislativa, no início de 2025, avança o Washington Post. Gaetz sugeriu que vai fazer parte da administração Trump.
“Acho que oito anos provavelmente é tempo suficiente no Congresso dos Estados Unidos. Eu vou lutar pelo presidente Trump. Vou fazer o que ele me pedir, como sempre fiz”, disse Gaetz, numa entrevista ao podcast do ativista conservador Charlie Kirk.
“Há vários floridianos [naturais da Flórida] fantásticos que se ergueram para concorrer ao meu lugar, pessoas que me inspiraram com seu heroísmo, com o seu serviço público. E estou realmente animado para ver o noroeste da Flórida ir a novos patamares e ter uma ótima representação”, disse Gaetz, citado pela CNN.
Sob pressão, Matt Gaetz retira nome da corrida a procurador-geral
O ex-congressista republicano, eleito pela primeira vez em 2016 pelo estado da Flórida, renunciou ao mandato na Câmara dos Representantes no início deste mês depois que Trump o ter escolhido para liderar o Departamento de Justiça. No entanto, Gaetz acabou por se retirar da nomeação (que ainda teria de ser aprovada pelo Senado), perante o aumento da pressão mediática relacionada com casos conduta sexual indevida — terá pago para ter sexo com uma menor de 17 anos — e consumo ilícito de drogas.
O ex-congressista justificou a desistência com o facto de o seu processo de confirmação junto de Senado se ter tornado “numa distração injusta para o trabalho essencial da transição Trump/Vance”.