Uma eventual candidatura do almirante Henrique Gouveia e Melo não “altera nada” na decisão de Luís Marques Mendes sobre avançar ou não para a corrida à Presidência da República. A garantia é do ex-líder do PSD, que garante que não se sente “nada dependente” das decisões de “A, B ou C” sobre a candidatura a Belém.
No seu espaço de comentário na SIC, Marques Mendes foi questionado sobre a notícia que o Observador avançou, sobre o facto de Gouveia e Melo ter recusado ser reconduzido como Chefe do Estado-Maior da Armada, e a notícia da SIC sobre estar a ponderar anunciar um avanço para Belém em março. E Marques Mendes, que assumidamente também está nesse processo de “ponderação”, assegurou que essas notícias não trazem “surpresa nenhuma”.
“Acho que as notícias estão certas. Quem não andar distraído percebe há meses que a candidatura vai surgir. Pelo menos do verão para cá não tenho nenhuma dúvida”, sentenciou.
Depois, questionado sobre se essa hipótese o condiciona, respondeu: “A mim? Não, isso não. Pelo menos desde o verão que isso não oferece nenhuma dúvida, e já falei depois do verão”, recordou, relembrando as condições que já tinha enunciado para decidir candidatar-se a Belém: vai avaliar se considera ter “condições políticas” e se pode ter “alguma utilidade ao país”.
O antigo líder do PSD reafirmou ainda que vai tomar uma decisão e anunciá-la no próximo ano, acabando ainda por considerar que não seria “normal” o CDS apoiar um candidato diferente do PSD — nomeadamente Gouveia e Melo — fazendo parte da coligação que governa o país, mas “pode acontecer — são partidos diferentes”.
No final de agosto, Marques Mendes disse estar “mais próximo do que nunca” de tomar uma decisão sobre Belém. Já no congresso do PSD, em outubro, Luís Montenegro inscreveu na sua moção estratégica a intenção de apoiar um “quadro” do PSD, tendo numa entrevista posterior à SIC afunilado ainda mais esses critérios e admitido que Marques Mendes seria um dos nomes que melhor encaixariam no perfil desejado.
Gouveia e Melo não quer ser reconduzido e já informou Governo. Fica livre para ser candidato a Belém