O Presidente norte-americano foi recebido esta terça-feira pelo homólogo angolano no Palácio Presidencial em Luanda, cumprindo a promessa de visitar África antes de deixar a Casa Branca.

Joe Biden, recebido com honras militares e uma salva de 21 tiros, entrou com a sua comitiva na Cidade Alta por volta das 12h15, tendo à sua espera João Lourenço e os membros do executivo angolano, a quem apresentou também cumprimentos, bem como o embaixador James Story, atual encarregado de negócios dos EUA em Luanda e sua equipa.

Ao contrário do habitual cenário, e apesar da manhã chuvosa em Luanda — com céu azul à chegada de Biden — não se registaram esta terça-feira na capital angolana congestionamentos de trânsito, mas sim estradas vazias devido às restrições impostas à circulação rodoviária e à tolerância de ponto de dois dias dada pelo governo provincial ao setor público e privado, devido à visita presidencial.

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O chefe de Estado norte-americano, que chega a Angola em final de mandato e com incertezas sobre a política externa do sucessor, Donald Trump, no que diz respeito a África, realiza uma visita inédita considerada histórica por ser a primeira de um Presidente dos EUA ao país lusófono.

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Em Angola, a agenda de Biden, após o encontro com João Lourenço no Palácio Presidencial, passa pelo Museu da Escravatura, onde está previsto um discurso, e na quarta-feira por Benguela, segunda cidade do país, onde visitará o Porto do Lobito, um complexo industrial da maior empresa agroalimentar angolana (Grupo Carrinho) e participará numa cimeira internacional sobre o Corredor do Lobito.

Esta infraestrutura ferroviária que atravessa Angola da costa atlântica à fronteira com a República Democrática do Congo, considerada estratégica para os interesses ocidentais, permitindo um transporte mais rápido dos minerais da região, está a ser desenvolvido com apoio financeiro norte-americano, da União Europeia e da Corporação Financeira Africana, entre outros.

A acompanhar a visita estão dezenas de jornalistas angolanos, norte-americanos e de outras nacionalidades, mas as medidas de segurança impostas pelas autoridades impedem o acesso à grande maioria dos profissionais da imprensa que são obrigados a fazer a cobertura a partir de tendas montadas no Palácio Presidencial onde foram instalados ecrãs gigantes.