O ex-presidente da Assembleia da República Augusto Santos Silva defendeu na quarta-feira a existência de uma candidatura “única e forte” da esquerda à Presidência da República.
“O que eu acho é que na área política a que eu pertenço deve haver uma candidatura única e uma candidatura forte, e é para isso que devemos todos contribuir e eu também”, disse Santos Silva à entrada para a FEP Global Summit – Cimeira Estudantil sobre Geopolítica em Portugal, no Porto.
Apesar da insistência dos jornalistas sobre se pondera candidatar-se a Belém, o ex-ministro socialista recusou responder, dizendo apenas que procurará contribuir para que haja uma candidatura única e forte.
Segundo o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, as decisões têm o seu tempo e “não é esse o tempo agora“.
Na opinião de Augusto Santos Silva, o tempo das candidaturas a Belém será “tipicamente ao longo de 2025”, o de agora será tão só de debater o que se pretende da Presidência da República.
Já sobre o surgimento de possíveis candidatos a Belém, quando as eleições presidenciais são apenas em janeiro de 2026, o ex-presidente da Assembleia da República vê isso com naturalidade.
“É natural que se comece a pensar nos possíveis candidatos a essas eleições, é uma coisa que me parece absolutamente normal”, disse.
Augusto Santos Silva, que vai intervir no painel sob o tema “Europa: Oportunidades e Desafios”, considerou que para se escolher os melhores candidatos é preciso refletir “um bocadinho” sobre o que é que se pretende que essas pessoas façam.
Na sondagem da Intercampus para o Jornal de Negócios e o Correio da Manhã, publicada na segunda-feira, o almirante Gouveia e Melo é o mais bem posicionado para concorrer à Presidência da República, estando quase 10 pontos à frente do ex-primeiro-ministro social-democrata Pedro Passos Coelho.