A Junta de Freguesia dos Olivais vai conceder tolerância de ponto aos seus cerca de 260 funcionários de 21 de dezembro a 5 de janeiro, noticia o Público esta terça-feira. Durante perto de duas semanas, os seus trabalhadores terão apenas de trabalhar um dia, a ser definido entre si, numa medida apelidada pela presidente do órgão como uma “homenagem” à sua “dedicação”.
O diário cita um despacho assinado por Rute Lima, presidente da Junta de Freguesia dos Olivais, a 5 de dezembro que autoriza a quase paralisação de todos os “serviços não essenciais” da freguesia entre 21 de dezembro e 5 de janeiro, inclusive.
Indo além da habitual tolerância de ponto concedida pelo Governo aos seus funcionários a 24 e 31 de dezembro, a autarca autoriza também essa benesse para os dias 23, 24, 26 e 30 de dezembro e para 2 de janeiro. A isto acrescem os fins de semana de 21 e 22 e 28 e 29 de dezembro, além dos feriados de 25 de dezembro e 1 de janeiro.
No entanto, segundo noticia o Público, o despacho abrange também os dias 27 de dezembro e 3 de janeiro, sendo que nestes vigorará uma lógica de 50% — ou seja, os responsáveis pelo funcionamento da freguesia decidem se os funcionários vão trabalhar num dia ou no outro. Tudo isto salda-se na obrigatoriedade de apresentação ao serviço de apenas um dia no espaço de duas semanas.
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O despacho, porém, prevê a necessidade de assegurar serviços essenciais. “Esta dispensa ao trabalho deverá ser coordenada nos serviços essenciais, obrigando a que, por motivo de interesse público, o seu funcionamento esteja assegurado”, cita o diário, a quem Rute Lima também prestou declarações, garantindo que haverá piquetes na higiene urbana e nos refeitórios das escolas. No website da junta, apenas é referido que “os serviços estão encerrados nos dias 23, 24 e 26 de dezembro”.
A autarca socialista, à frente da junta de freguesia desde 2013, afirma que esta prática tem sido costumeira nos Olivais e que este tipo de generosidade também se estende aos períodos de Carnaval e Páscoa. Rute Lima diz tratar-se de um “carinho de final de ano”. “No fundo, é uma forma de homenagear a dedicação dos trabalhadores”, justifica ainda, considerando que estes “durante todo o ano, trabalham muito e, muitas vezes, em prejuízo das suas famílias, sem receberem horas extraordinárias”.