Alguns serviços de Finanças podem encerrar na manhã desta terça-feira e poderá haver constrangimentos no atendimento nos portos e aeroportos devido à reunião geral convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), na qual estão inscritos 3.000 funcionários do fisco.
“A elevada adesão à reunião, que decorre entre as 09:00 e as 13:00, pode levar ao encerramento de serviços de Finanças por todo o país e a eventuais constrangimentos no atendimento, nos portos e aeroportos, durante toda manhã”, avançou o STI em comunicado.
Segundo o sindicato, estão inscritos cerca de 3.000 trabalhadores na reunião geral, convocada pelo STI e que abrange os trabalhadores de todas as unidades orgânicas da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).
O encontro precede a greve dos trabalhadores da AT agendada para quinta e sexta-feira e a manifestação – que “se prevê histórica”, diz o sindicato — marcada para as 13h00 de quinta-feira no Largo do Carmo, em Lisboa.
Os trabalhadores do fisco exigem a valorização da carreira, melhores condições de trabalho e a revisão da tabela salarial.
Em declarações à agência Lusa no passado dia 15 de outubro — data em que foi marcada esta greve de dois dias — o presidente do STI referiu que “o principal motivo de descontentamento é que o Governo considera todas as carreiras do Estado muito importantes, mas a AT, que tem de arranjar recursos para que as outras carreiras possam funcionar, considera que é irrelevante”.
De acordo com Gonçalo Rodrigues, outra das reivindicações dos funcionários do fisco é a revisão da tabela salarial, que o sindicato diz ser “pior do que aquela que tinham em 1999”.
“Para resumir, a AT bateu no fundo”, afirmou então o dirigente sindical, avisando que a greve de quinta e sexta-feira será “apenas a primeira” de várias, se entretanto nada mudar.
O STI diz ser a estrutura sindical mais representativa do setor, “com mais de 70% dos trabalhadores de toda a AT nela sindicalizados”.