A rotura de água no estabelecimento prisional do Linhó (Sintra) está resolvida desde as 16h00 desta quarta-feira, adiantou à Lusa a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).

Segundo a informação da DGRSP, a fuga de água foi detetada ao final da tarde de terça-feira e o problema encontra-se “sanado desde as 16h00 de hoje”.

O estabelecimento prisional do Linhó esteve sem abastecimento de água desde domingo, comprometendo a higiene dos reclusos, aos quais foram distribuídas garrafas de água para beber, adiantaram na terça-feira à Lusa o advogado Ricardo Serrano Vieira e o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP).

Para além de afetar o acesso a água para beber, a rotura comprometeu banhos e questões de higiene dos cerca de 500 reclusos ali existentes, impossibilitados inclusivamente de utilizar em condições de normalidade os sanitários das celas.

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Já esta quarta-feira, em comunicado, a Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso (APAR), denunciou condições de insalubridade.

“Dado que não podem usar os sanitários, muitos dos reclusos fazem as suas necessidades fisiológicas em sacos de plástico que, depois, atiram pelas janelas para os pátios que ficam imundos. Garantem que as ratazanas, nesses espaços são às dezenas”, lê-se no comunicado, que apontava ainda dificuldades no acesso a água para beber por parte dos reclusos mais pobres.

No entanto, na resposta dada na terça-feira à Lusa sobre a situação no Linhó, que afetou a Ala B e a Secção de Segurança da prisão, a DGRSP garantiu a distribuição de água engarrafada aos reclusos e adiantou que estava a ser permitido que os reclusos da Ala B, onde só havia água nas torneiras dos pátios, se abastecessem ali de forma faseada.

Adiantou ainda que estavam ser fornecidos “baldes de água para uso sanitário dos reclusos que se encontram na secção de segurança”.