Pelo menos quatro pessoas morreram e outras cinco foram dadas como desaparecidas no naufrágio de um barco na quarta-feira, que transportava 55 migrantes de origem subsariana, a nordeste de Lanzarote, disseram hoje as autoridades espanholas.
No início do desta quinta-feira, o navio Guardamar Urania, do Resgate Marítimo espanhol, chegou ao porto de Arrecife, na ilha de Lanzarote, no arquipélago das Canárias, com 45 sobreviventes do naufrágio, entre os quais uma criança e cinco mulheres, e três corpos.
Outro sobrevivente e um quarto corpo já tinham sido transportados para Lanzarote na quarta-feira por um helicóptero enviado pelas autoridades de resgate espanholas a partir da ilha Grande Canária, que foi o primeiro meio de resgate a chegar à zona, localizada a cerca de 137 quilómetros de Lanzarote.
As autoridades espanholas indicaram que o naufrágio ocorreu a cerca de 100 quilómetros a noroeste de TanTan(Marrocos), aproximadamente no início da tarde de quarta-feira.
O barco insuflável tinha saído daquela localidade marroquina na terça-feira e desde a manhã de quarta-feira os seus ocupantes começaram a pedir ajuda através de um telefone via satélite, ligando tanto para a organização não-governamental espanhola Caminando Fronteras como para o serviço de emergências das Ilhas Canárias.
Inicialmente, os ocupantes da embarcação pediram ajuda porque tinham ficado à deriva, mas as chamadas seguintes para o serviço de emergência já eram desesperadas, referindo que tinham afundado e que estavam várias pessoas na água. O resgate dos migrantes foi realizado em coordenação com as autoridades marroquinas.
Nove mortos e 48 desaparecidos em naufrágio nas Ilhas Canárias
Mais de 57.700 pessoas entraram em Espanha de forma irregular em embarcações precárias, conhecidas como ‘pateras’, entre 1 de janeiro e 15 de dezembro, um número recorde que se deve às chegadas às Canárias, segundo estatísticas oficiais divulgadas na segunda-feira.