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As Forças Democráticas Sírias (SDF, na sigla em inglês), lideradas por uma milícia curda, anunciaram a detenção de 18 alegados membros do grupo Estado Islâmico (EI) no norte do país.

Num comunicado divulgado no domingo, as SDF disseram que as detenções aconteceram durante uma operação antiterrorismo, realizada no sábado, na cidade de Raqqa, em conjunto com a coligação liderada pelos Estados Unidos.

A operação foi lançada “em resposta às tentativas do Estado Islâmico de estabelecer instabilidade e perturbar a segurança das regiões norte e leste da Síria”, disseram as SDF.

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O grupo lamentou que a queda do regime de Bashar al-Assad, que fugiu do país a 8 de dezembro, tenha dado ao EI “a oportunidade de tirar partido do caos, apreendendo numerosos depósitos de armas pertencentes ao exército sírio em diversas regiões”.

Estados Unidos sabiam de plano contra Assad com semanas de antecedência e armaram grupo de rebeldes que participou na ofensiva

O EI “utilizou estes recursos para melhorar a sua capacidade operacional, realizar atos de terrorismo e expandir a sua influência no território sírio”, alertaram as SDF.

O grupo defendeu que, “para alcançar a derrota duradoura do Estado Islâmico, é necessária uma cooperação internacional sustentada, uma vez que qualquer ressurgimento” do grupo fundamentalista “representa uma ameaça global”.

Também no domingo, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos informou que o EI atacou pelo menos dois postos de controlo das forças de segurança que operam nas zonas norte e nordeste da Síria sob administração curda.

A organização não governamental, com sede no Reino Unido e uma vasta rede de contactos na Síria, detalhou que homens armados que estavam num automóvel abriram fogo contra um posto no campo de deslocados de Al Arisha, em Hasaka.

O tiroteio causou a morte de dois agentes e um atacante.

Por outro lado, alegados fundamentalistas que estavam numa motorizada abriram fogo com metralhadoras na localidade de Al Sabha, na zona rural de Deir al-Zur, no leste da Síria, sem que tenham sido registadas vítimas.

Na sexta-feira, o Comando do Médio Oriente das Forças Armadas dos Estados Unidos (Centcom) reivindicou ter abatido na quinta-feira um alto quadro do EI, num ataque realizado em Deir al-Zur.

Segundo o Centcom, cerca de 8.000 membros do EI estão detidos em várias prisões na Síria e um dos objetivos do grupo fundamentalista é precisamente forçar a sua libertação.

Na quinta-feira, o porta-voz do Pentágono, o brigadeiro-general Patrick S. Ryder, afirmou que as tropas norte-americanas na Síria duplicaram pouco antes da queda de Bashar al-Assad e que atualmente são duas mil.

A presença e a atividade do grupo EI na Síria neste momento de transição é um dos fatores que mais preocupa a comunidade internacional, e mesmo as Nações Unidas.

Também na quinta-feira, o secretário-geral da ONU, António Guterres, elogiou o papel da Turquia em impedir que o EI reforce a presença no país árabe.