Para a Ford, a família das SuperVan, que já vai na 4.ª geração, é uma instituição. Evoluem em matéria de chassi, de carroçaria e de mecânicas, mas continuam a assumir-se como uma espécie de Transit com muito ginásio e uma ainda maior dose de esteróides, com o nível de potência a aumentar de forma quase exponencial. A mais recente versão da SuperVan surgiu em 2022, mas a Ford apresentou agora a 4.2, que adicionou aos 1900 cv iniciais mais 100 garbosos corcéis, perfazendo os 2000 cv com que tentou bater o recorde do circuito da Top Gear.

A primeira SuperVan surgiu em 1971. Assemelhava-se a uma Transit da 1.ª geração com rodado duplo e montava um motor V8 atmosférico com 400 cv, para 1984 ser o ano da SuperVan 2, que optou por um motor Cosworth DFL 4.0 de F1, com 600 cv de potência. A SuperVan 3, de 1994, foi a última a recorrer a um motor a combustão, inicialmente o 3.5 Cosworth HB, igualmente de F1 e com 650 cv. E, em 2022, nasceu a primeira super Transit eléctrica, a SuperVan 4.

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A SuperVan 4 começou a rodar em 2022 com quatro motores eléctricos, cada um associado à sua roda, debitando em conjunto 1400 kW, ou seja, 1900 cv. A alimentar as quatro unidades eléctricas estava uma pequena bateria com 50 kWh de capacidade, o que lhe permitia acelerar de 0-100 km/h em menos de 2 segundos e, em ritmo de competição, percorrer cerca de 50 km. Posteriormente, a Ford introduziu algumas alterações na SuperVan 4, que passou a denominar 4.2, sendo a diferença mais evidente, além da decoração, o incremento da potência para 1470 kW, cerca de 2000 cv.

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Na volta cronometrada à pista da Top Gear, a Ford SuperVan 4.2 foi cronometrada em 1 minuto e 5,3 segundos, o que deixa os superdesportivos de estrada a uma eternidade, como o McLaren 720S GT3X, a registar 1.07,2, o Pagani Zonda R (1.08,5), o Aston Martin DBR9 (1.08,6), o Caparo T1 (1.10,6), o Ferrari FXX (1.10,7), o Koenigsegg Jesko Attack (1.10,9) e o Ferrari SF90 Stradale (1.11,3).

Esta “Transit” 4.2 fica apenas atrás de dois F1, o Renault R24 de 2004, equipado com um 3.0 V10 que fornece 900 cv às 19.000 rpm, que é o mais rápido na pista com apenas 59 segundos, e o Lotus T125 (1.03,8), um monolugar moderno, mas concebido como se fosse um F1 barato, ainda assim equipado com um motor 3.8 Cosworth GPV8. Veja abaixo o vídeo da Top Gear.