Rúben Semedo “apertou o pescoço da companheira, arrastou-a pelos cabelos, desferiu-lhe bofetadas na face, insultou-a e, entre ameaças de morte, pediu a um terceiro para a levar a casa e não a deixar sair”. Esta é a descrição feita pelo Ministério Público sobre as suspeitas de violência doméstica que recaem sobre o jogador de futebol e foi divulgada pelo Correio da Manhã, já depois de a mesma ter sido apresentada à juíza de instrução criminal do Tribunal da Amadora.

As agressões, como já tinha sido revelado pela PSP, decorreram no dia 27 de dezembro e levaram a mulher de 30 anos a necessitar de assistência hospitalar. A queixa às autoridades motivou a detenção do defesa-central, entretanto libertado, mas impedido de contactar a vítima.

De acordo com a queixa às autoridades, a mulher “foi vítima de agressões e ameaças pelo seu companheiro, ficando posteriormente retida na residência do suspeito durante algumas horas até conseguir deslocar-se a uma esquadra da PSP, onde apresentou denúncia”.

“A vítima apresentava vários hematomas visíveis, pelo que foram acionados os meios de emergência, tendo a mesma recebido tratamento hospitalar”, acrescentou a polícia.

Rúben Semedo fica em liberdade após suspeita de violência doméstica, mas impedido de contactar a vítima

O Ministério Público defende que Semedo “desde junho de 2021, tem agredido física e psicologicamente a vítima, quer em Portugal quer no estrangeiro”. Ou seja, ao longo de toda a relação em que o casal vivia “em condições análogas às dos cônjuges”.

O futebolista, que atualmente joga no Qatar, ficou em liberdade com proibição de contactos por quaisquer meios com a vítima. Ficou também obrigado a manter-se afastado da mesma a uma distância de pelo menos 150 metros, medida que está a ser controlada “com recurso a meios técnicos”. Fica ainda “obrigado a comunicar ao tribunal os períodos temporais em que se encontrar em território nacional”.

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