O reencontro… 18 dias depois. PSG e Monaco habituaram, nos últimos anos, os adeptos de futebol francês a grandes jogos e despiques entre ambos. Incontornavelmente, os dois emblemas tornaram-se nos mais fortes, embora com a bitola a pender claramente para o lado da capital francesa. O último desafio aconteceu há pouco mais de duas semanas e sorriu aos parisienses, que deram um passo importante rumo à conquista de mais um Campeonato (2-4).

O pistoleiro chegou a tempo de afundar o Monaco: PSG vence em casa do rival com golo de Gonçalo Ramos e chega aos 10 pontos de vantagem

Agora em Doha, no Qatar, PSG e Monaco encontraram-se na Supertaça de França a viver momentos distintos, com os rouge et bleu a entrarem em campo depois de terem alcançado quatro vitórias no fecho de 2024. Já os monegascos somaram apenas uma vitória nos quatro jogos que fecharam o ano, frente ao modesto Union Saint-Jean, na Taça de França (4-1). Um dos sinais que pode explicar essa quebra são as lesões que assolam o plantel de Adi Hütter que, por esta altura, está privado de sete jogadores.

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“Estou muito calmo. Gosto do que estou a ver e estou a ver melhorias. Espero que o início da segunda metade da época seja bom, que consigamos fazer as exibições de que precisamos. Não tenho dúvidas de que o PSG, com ou sem mim, vai ganhar vários títulos da Liga dos Campeões na próxima década. Estamos sempre abertos a melhorar a equipa, mas tenho sorte em treinar uma equipa com esta qualidade, esta ambição e este nível. É um prazer para mim”, abordou Luis Enrique numa antevisão que aconteceu a… 10 mil metros de altitude, durante o voo para o Qatar.

“É uma partida muito importante para o Monaco. Há três semanas jogámos contra eles e queríamos vencer, mas tivemos azar. Se tivéssemos tido sorte, poderíamos ter empatado ou até vencido. Amanhã [domingo] é outra partida, é uma final, e estamos aqui para ganhar um troféu. Sabemos que temos que fazer uma partida perfeita para vencer o PSG, que tem grandes qualidades. Mas também temos algumas e somos capazes de vencer. Temos uma abordagem diferente, mas quando jogamos um futebol intenso e corajoso, somos capazes de fazer coisas muito boas”, perspetivou Hütter, já depois de ter renovado contrato com o clube do rochedo até 2027.

Donnarumma foi a grande novidade no onze inicial do PSG, regressando à baliza depois de se ter lesionado no jogo em casa do Monaco. Para além do italiano, Nuno Mendes, João Neves e Vitinha também foram titulares. Já os monegascos, que ficaram privados de Wilfried Singo por suspensão, contaram com o regressado Mohamed Camara no banco, e foram postos à prova desde o início, com o campeão francês a colecionar várias oportunidades na fase inicial.

A mais clamorosa saiu dos pés de Doué que, depois de um erro de Köhn acertou na trave depois de o guarda-redes ter defendido (9′). Pouco depois foi a vez de Dembélé também tentar, mas o alemão voltou a levar a melhor (21′). A partir daí, o Monaco soltou-se das amarras defensivas e equilibrou o desafio, mas as ocasiões continuaram a sair dos pés dos jogadores do parisiense, embora Vitinha (30′) e Neves (36′) tenham mostrado desafinação na pontaria. Nas suas melhores oportunidades, os monegascos viram Donnarumma negar o golo a Akliouche (40′) e a Minamino (43′). A fechar o primeiro tempo, Lee apareceu sozinho dentro da área, mas o remate saiu por cima, levando Luis Enrique ao desespero no banco (45+1′).

Na etapa complementar, o Monaco entrou com outra atitude e tentou chegar ao golo desde os primeiros instantes, com a oportunidade mais clamorosa a pertencer a Akliouche, que acertou em cheio no poste da baliza parisiense (55′). Já com Gonçalo Ramos a ocupar a frente de ataque, Hakimi teve tudo para fazer o golo inaugural, mas Köhn fez uma grande defesa (74′). No tempo de compensação, o guarda-redes alemão voltou a aparecer e negou o tento a Ramos (90+1′) e, quando se esperava o empate, o PSG foi feliz num contra-ataque que acabou com Dembélé a completar o cruzamento de Fabián Ruiz (90+2′).

Desta forma, o PSG continua a evidenciar todo o seu domínio no futebol francês ao conquistar a Supertaça pela 13.ª vez, 11 das quais nos últimos 12 anos. O emblema da capital é o clube que mais vezes levantou o troféu, aumentando a vantagem sobre o Lyon, que venceu oito vezes. Em sentido inverso, o Monaco falhou uma conquista que lhe foge desde 2000.