“Que esperança podem (os portugueses) ver nesta governação completamente de corte e costura, sempre nos mesmos, nos mesmos rendimentos e nas mesmas pessoas?”, questionou o deputado socialista António Gameiro após ser conhecida a decisão do Tribunal Constitucional, aproveitando para dizer que o PS fará escolhas diferentes quando chegar ao Governo. PCP e BE dizem que chumbar os cortes, mas mantê-los até 2015 não os torna menos injustos.

Gameiro, sobre a Contribuição de Sustentabilidade, frisou tratar-se de um “ataque aos pensionistas, que o PS votou contra, garantindo que tal como António José Seguro já tinha dito, uma vez chegado ao Governo, o PS revogaria essa lei” por considera-la “injusta, imoral”. O partido está “satisfeito” com estas decisões que foram rejeitadas à partida pelos socialistas. Quando os socialistas forem Governo, Gameiro defende que haverá “espaço para fazer de maneira diferente”.

Já Luís Fazenda, deputado do Bloco de Esquerda, disse que o Tribunal Constitucional “não aceitou a filosofia nem do Presidente nem do Governo”. “[Presidente e Governo] Entenderam que face aos compromisso assumidos, a Constituição seria um empecilho e precisavam de uma leitura positiva. O Tribunal não concedeu essa leitura”, acusou o bloquista.

O PCP diz que mesmo o TC considerando os cortes nos salários para 2014 e 2015, “isso não os torna menos injustos”. O dirigente comunista Jorge Cordeiro alertou para a possível “dramatização do Governo” e lembrou que tenham sido entregues 4,5 mil milhões ao BES “sem pestanejar”.

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