Não chegou a haver cheque-mate. Num dos jogos da ronda inicial das olimpíadas de Xadrez, que decorrem numa cidade da Noruega junto ao Ártico, um jogador das Seicheles (com pouco mais de 60 anos de idade) sofreu um ataque cardíaco a meio da partida. Foi prontamente assistido, até mesmo com um desfibrilhador que muitos espetadores julgaram por momentos ser uma arma, mas acabou por morrer no hospital da cidade de Tromso.

O mistério, porém, adensou-se: algumas horas depois um outro jogador, do Uzbequistão, foi encontrado morto no seu quarto de hotel. A polícia esteve no local, juntamente com uma equipa médica, mas garantiu prontamente que “não se suspeita de qualquer questão criminal. Foi morte natural“, disse o chefe de polícia local, numa declaração sobre os dois casos que ensombraram o torneio.

Segundo os resgistos recuperados pelo site Quartz, estes não são casos únicos (embora sejam raros) de jogadores de xadrez que não resistem ao enorme stress de uma competição destas. Há um caso resgistado no ano 2000, de um jogador da Letónia. E sobretudo registos de várias desistências por recomendação médica, como aconteceu com o ex-número um da Austrália (“a minha decisão não foi voluntária, mas antes uma recomendação unânime dos médicos de que se continuasse teria sérios problemas de saúde”, disse Ian Rodgers na altura).

Como recorda o Quartz, não ainda registos semelhantes de um tipo diferente de competição com xadrez que virou uma estranha moda em alguns clubes de Londres, o Chessboxing, que combina umas jogadas de xadrez com uns rounds de boxe.

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