O secretário-executivo da CPLP congratulou-se hoje com a eleição de Marcelo Rebelo de Sousa como o novo Presidente da República portuguesa, considerando-o um “grande apoiante” do “crescimento” da organização lusófona.
Em declarações à agência Lusa, à margem da reunião de Pontos Focais da Problemática do Trabalho Infantil da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que se iniciou hoje, Murade Murargy destacou que a escolha do povo português nas eleições legislativas de domingo foi “soberana” e que levou a uma vitória logo à primeira volta.
“(Marcelo Rebelo de Sousa) É um grande apoiante do crescimento da CPLP. Espero contar com ele, no pouco tempo que me resta como secretário-executivo (até julho próximo), para colaborar com ele e ouvir as suas próprias opiniões sobre o futuro da organização”, sublinhou o diplomata moçambicano.
Murade Murargy destacou sobretudo o apoio que o então ainda candidato deu, por exemplo, na recente conferência, em Braga, da União dos Exportadores de Língua Portuguesa (UELP), em que manifestou “todo o entusiasmo” na visão que tem sobre a necessidade do crescimento económico no mercado lusófono.
“Estou esperançado que irá ser um grande «player», um parceiro dos outros presidentes, na definição de políticas que são necessárias para o desenvolvimento da CPLP”, concluiu Murade Murargy, lembrando que, em finais da década de 1970, foi aluno de Marcelo Rebelo de Sousa na cadeira de Economia Política na Faculdade de Direito de Lisboa.
Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito no domingo Presidente da República com 52% dos votos, uma percentagem acima dos 50,5% conseguidos na primeira eleição pelo seu antecessor, Cavaco Silva, em 2006.
O ex-líder do PSD e comentador político tornou-se no quinto Presidente da República portuguesa desde o 25 de Abril de 1974, numas eleições em que se registou uma abstenção de 51%.
Segundo os dados do Ministério de Administração Interna, Marcelo obteve 52%, seguindo-se Sampaio da Nóvoa (22,89%), independente apoiado por personalidades do PS, Marisa Matias (10,13%), apoiada pelo BE, Maria de Belém (4,24%), militante do PS, Edgar Silva (3,95%), apoiado pelo PCP, Vitorino Silva (3,28%), Paulo de Morais (2,15%), Henrique Neto (0,84%), Jorge Sequeira (0,3%) e Cândido Ferreira (0,23%).