O ministro do Planeamento e das Infraestrutura classificou de “faits divers” na polémica em torno do papel de Diogo Lacerda Machado, amigo do primeiro-ministro, nas negociações, na reversão parcial da privatização da TAP. “Andamos à volta de fait divers, quando o mais importante é o sucesso das negociações e em particular desta negociação para estabilizar a companhia”, disse Pedro Marques desvalorizando a questão.

“O doutor Diogo Machado foi muito importante no aconselhamento, contributo que nos deu a um título informal, que nos ajudou a consolidar a negociação, mas a responsabilidade política é minha e do meu ministério”, afirmou Pedro Marques, citado pela Lusa, à margem do 8º Congresso Rodoviário Português, em Lisboa. E, na tentativa de esvaziar o caso, o ministro acrescentou que “há sempre quem assessore este tipo de negociação, porque há detalhes mais técnicos”.

Pedro Marques remeteu para o gabinete do primeiro-ministro os detalhes sobre o contrato que António Costa acabou por assinar com Diogo Lacerda Machado, que tem estado a prestar assessoria ao governo em negociações mais sensíveis como a TAP, os lesados do Grupo Espírito Santo e no BPI.

A audição de Diogo Lacerda Machado no Parlamento, na Comissão de Economia, já está marcada para dia 27. Foi proposta pelo PSD, mas aprovada por unanimidade. Entre os partidos que apoiam o Governo socialista no Parlamento, o PCP não fez qualquer declaração pública sobre o assunto. O BE criticou.

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