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Adolescente canadiano descobre cidade dos Maias desconhecida

Este artigo tem mais de 5 anos

Um rapaz canadiano de 15 anos, apaixonado pela civilização Maia,descobriu uma cidade até aqui desconhecida dos arqueólogos através da análise das constelações maias.

O Kukulcan, templo maia conhecido como "O castelo" na Península de Yucatán, no México, onde foi descoberta a cidade desconhecida.
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O Kukulcan, templo maia conhecido como "O castelo" na Península de Yucatán, no México, onde foi descoberta a cidade desconhecida.

CRIS BOURONCLE/AFP/Getty Images

O Kukulcan, templo maia conhecido como "O castelo" na Península de Yucatán, no México, onde foi descoberta a cidade desconhecida.

CRIS BOURONCLE/AFP/Getty Images

William Gadoury, de Saint-Jean-de-Matha, na região de Lanaudière (Québec, Canadá), descobriu uma cidade maia desconhecida. O adolescente de 15 anos desenvolveu uma teoria que explica que esta civilização pré-colombiana escolhia a localização das suas cidades seguindo as constelações das estrelas, noticia o Le Journal de Montréal.

O estudante da Académie Antoine Manseau em Joliette analisou 22 constelações usadas pelos maias e a localização das estrelas dessas constelações no mapa correspondia à de 117 cidades daquela civilização. Até agora nenhum cientista tinha descoberta a correlação entre as estrelas e a localização das cidades maias. Mas o jovem não se ficou apenas pela descoberta desta correlação. William começou a analisar uma 23ª constelação usada pelos maias, que continha apenas três estrelas. A localização de duas dessas três correspondia à posição de duas cidades o que levou o jovem a considerar a existência da 118ª cidade maia, num local remoto e inacessível na Península de Yucatán, no México.

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As análises realizadas às imagens recolhidas por satélites de diferentes agências espaciais confirmaram a existência de vestígios de uma pirâmide e trinta edifícios, precisamente no local identificado pelo jovem.

A descoberta de William Gadoury transformou-o na mais recente estrela da NASA, da Agência Espacial canadiana e da Agência Espacial japonesa e está prestes a ser publicada numa revista científica. A comprovação da teoria valeu-lhe também o primeiro prémio na Exposição de Ciência do Québec e foi convidado para uma apresentação na Agência Espacial do Canadá.

William Gadoury começou a interessar-se pela civilização maia quando foi publicado o calendário maia que (supostamente) anunciava o fim do mundo em 2012 (trata-se apenas do fim de um ciclo e início de outro). O adolescente teve conhecimento das 22 constelações no Códice de Madrid – um texto escrito com carateres hieroglíficos sobre papel produzido a partir da casca de algumas árvores. O Códice de Madrid foi escrito por oito pessoas diferentes e o seu nome deve-se à cidade onde está arquivado, no Museu da América na capital espanhola.

https://twitter.com/IESFfrance/status/729571315380850688

Baseando-se na informação contida no códice, o adolescente conseguiu ligar as estrelas das constelações para criar formas e por cima delas desenhou as constelações maias com ajuda de um mapa do Google Earth.

Através deste processo descobriu que 142 estrelas correspondem a 117 cidades maias da península de Yucatán (México). As estrelas mais brilhantes correspondem às maiores cidades maias.

A teoria de sobreposição das constelações às cidades desenvolvida por William Gadoury também se aplica às civilizações asteca, inca e harapa (no Paquistão).

O jovem atribuiu à cidade que descobriu o nome K’ÀAK ‘CHI’, que significa literalmente “boca de incêndio”.

“Não entendia porque é que os maias construíram as suas cidades longe dos rios, em terras pouco férteis e nas montanhas. Tinha que existir outra razão e como eles adoravam as estrelas, tive a ideia de verificar a minha hipótese. Fiquei realmente surpreso e animado quando percebi que às estrelas mais brilhantes das constelações correspondiam as maiores cidades maias”, disse William Gadoury ao jornal canadiano.

A cidade recém-descoberta fica em plena selva mexicana e ainda não foi visitada. O jovem já entrou em contacto com dois arqueólogos mexicanos a quem apresentou o seu trabalho, mas estes não tiveram oportunidade de se deslocar ao local e iniciar as pesquisas arqueológicas.

A razão pela qual ainda não o fizeram nada tem a ver com a credibilidade da descoberta, mas com falta de recursos. “É sempre por uma questão de dinheiro. Organizar uma expedição é terrivelmente caro”, disse Armand LaRocque, especialista em teledeteção da Universidade de Nouveau-Brunswick no Canadá ao jornal de Montréal.

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