A juíza Thokozile Masipa condenou Oscar Pistorius a seis anos de prisão, pelo homicídio da namorada, Reeva Steenkamp.

Os tribunais são “da lei, não da opinião pública”, disse a juíza, que argumentou que as sentenças não servem para agradar à opinião a pública. Masipa declarou que Pistorius está “genuinamente arrependido”. A acusação considera que o atleta nunca mostrou remorsos. “Discordo”, disse a juíza.

[Veja o momento em que a juíza Thokozile Masipa anuncia a pena de Pistorius. Vídeo do jornal The Guardian]

“A vida do acusado nunca mais será a mesma”, considerou Masipa. A juíza admitiu que decidir uma sentença que satisfaça todos os interesses envolvidos “não é fácil”, e acrescentou que, neste caso, “um longo tempo na prisão não serviria a justiça”. Considerou ainda que neste caso havia razões “substanciais” para reduzir a pena em relação ao mínimo de 15 anos de prisão por homicídio

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Durante a leitura da sentença, Masipa considerou que “o homicídio é sempre um crime muito grave, e o facto de o acusado pensar que se tratava de um intruso não o torna menos grave”.

O atleta tinha-se voluntariado para fazer serviço comunitário, mas a juíza explicou que “a punição não é a que escolhe, deve ser dolorosa”.

Pistorius já tinha sido condenado em primeira instância a pena de prisão, em 2014, tendo cumprido dez meses até sair em liberdade condicional. Os media na África do Sul já estão a avançar informações sobre a possibilidade de acontecer o mesmo agora.