O dirigente do CDS-PP Mota Soares revelou-se esta segunda-feira preocupado com os dados da execução orçamental conhecidos até agosto, considerando que “não são boas notícias” e provam o falhanço do modelo defendido pelo Governo do PS apoiado pela esquerda.

“Infelizmente, estes dados não são boas notícias para o país, são a prova de que o modelo de crescimento económico que as esquerdas prometeram a Portugal está a falhar”, afirmou Mota Soares no parlamento.

Antes, o Ministério das Finanças tinha anunciado que o défice das administrações públicas atingiu 3.990 milhões de euros até agosto deste ano em contas públicas, menos 81 milhões de euros do que o registado no mesmo período de 2015 e que a redução face aos primeiros oito meses do ano passado foi “conseguida através de um aumento da receita de 1,3%, superior ao crescimento de apenas 1% da despesa”.

“Mesmo com mais 645 milhões de euros cobrados a mais aos portugueses no imposto sobre produtos petrolíferos (gasolina e gasóleo), a verdade é que a receita fiscal está a baixo daquela que o Governo prometeu arrecadar. É um sinal de que a economia não está a crescer”, lamentou Mota Soares.

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O deputado centrista declarou que “quando devíamos estar preocupados com as pequenas e médias empresas, percebemos que o Estado aumentou em 300 milhões de euros as dívidas da administração central” e, quando devíamos estar preocupados com a falta de investimento, percebemos que o investimento público está 300 milhões de euros abaixo do ano passado e 600 milhões de euros abaixo do estimado para este ano no Orçamento do Estado”.

“Quando temos um Governo que ainda está a pedir tantos sacrifícios aos portugueses preocupa-nos o facto de estarmos a pagar mais 350 milhões de euros de juros da nossa dívida o que é um sinal de que há falta de confiança externa nesta solução governativa”, vincou.

Entretanto, a Direção-Geral do Orçamento, na sua síntese da execução refere que o Estado arrecadou mais de 25 mil milhões de euros em impostos até agosto, um valor praticamente inalterado face ao período homólogo de 2015, resultado do aumento da receita dos impostos indiretos e da queda da dos diretos.