O candidato pró-russo Igor Dodon lidera neste domingo os resultados das presidenciais na Moldávia, ex-república soviética que vive uma profunda crise política, de acordo com os primeiros resultados parciais da segunda volta. Depois de contados 83% dos boletins, Dodon tinha 56,5% dos votos e a candidata pró-europeia Maia Sandu, 43,5%, anunciou a Comissão Eleitoral moldava.

Os dois candidatos afirmaram que o escrutínio foi “mal organizado” e denunciaram a falta de boletins de voto nas assembleias no estrangeiro. Esta é a primeira vez que a Moldávia, com 3,5 milhões de habitantes, elege o chefe de Estado por sufrágio universal. A taxa de participação no escrutínio, que contou com mais de quatro mil observadores moldavos e estrangeiros, foi de 53,3%, indicou a Comissão Eleitoral.

Na primeira volta, a 30 de outubro, Igor Dodon, líder do Partido dos Socialistas e antigo ministro da Economia num governo dirigido por comunistas, obteve mais de 47% dos votos. Maia Sandu, antiga ministra da Educação que trabalhou no Banco Mundial, tinha conseguido 38% dos votos.

A Moldávia atravessa uma profunda crise política, depois de ter sido divulgado, no ano passado, o desaparecimento de mil milhões de dólares das caixas de três bancos do país, ou seja, o equivalente a 15% do Produto Interno Bruto (PIB). Enormes manifestações de protesto dominaram o país, levando ao poder três governos pró-europeus que não conseguiram acalmar a fúria da população, que considera os seus políticos muito corruptos.

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