Tem circulado nas redes sociais o vídeo de um rapaz com 15 anos a ser brutalmente agredido por um grupo de jovens. Os agressores seriam estudantes da Escola Secundária Emídio Navarro, em Almada, e a vítima aluna da Escola Profissional de Almada. No vídeo, pode ver-se um grupo de rapazes a pontapear a cabeça e o tronco de um outro jovem, menor, que ainda consegue levantar-se, mas acaba por bater com a cabeça numa carrinha perto do local da agressão.
Atenção o vídeo contém imagens violentas
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De acordo com fonte da PSP, a mãe da vítima apresentou queixa na esquadra de Corroios, no dia 6 de novembro, data das agressões. O processo foi entretanto enviado para o DIAP de Almada e depois para a Esquadra de Investigação Criminal da PSP de Almada que deu início às diligências.
Ao que o Observador apurou, os envolvidos estão todos identificados e quatro agressores já foram ouvidos pelas autoridades. Os jovens tem idades entre os 15 e os 17 anos. O inquérito da PSP já está concluído, sendo que agora o processo passou para a alçada do Ministério Público que determinará a acusação. Por identificar continuam os jovens que assistiram à situação mas não intervieram no confronto para impedir as agressões.
O motivo de agressão estará relacionado com o envolvimento do menor com uma colega da escola, situação que desagradaria aos agressores.
Depois das violentas agressões e de o rapaz se afastar de quem o está a agredir, pode ouvir-se uma rapariga a gritar que o jovem está “a sangrar”. Enquanto alguns incentivam os colegas a continuarem com as agressões e até riem, outro pede que os amigos parem com a violência. “Já chega. Está acabado”, ouve-se.
Mãe fala em “cilada”
A mãe do menor diz que o filho foi alvo de uma cilada. Em declarações à SIC, Margarida Pimenta diz que o menor recebeu um telefonema depois das aulas para ir ter com um colega para “um mano a mano” por causa de uma rapariga. “Quando ele chegou é que se apercebeu que o colega não estava sozinho e começaram todos a bater-lhe”, contou a mãe, revelando que o menor ficou com diversas mazelas físicas e recebeu assistência médica.
Há dois anos, a divulgação de outro vídeo de uma agressão violenta, na Figueira da Foz, levou o Ministério Público (MP) a abrir um inquérito tutelar educativo aos agressores, todos menores de 16 anos.