Cristiano Ronaldo terá pago 258 mil euros a uma mulher que o acusava de violação para que esta desistisse da queixa, de acordo com a revista alemã Der Spiegel, que publicou esta sexta-feira um documento fornecido pela Football Leaks: um acordo de três páginas que implica que a mulher não fale mais do assunto.

Na base do acordo estarão acontecimentos ocorridos a 13 de junho de 2009 num luxuoso hotel de Las Vegas, nos Estados Unidos da América. O documento agora divulgado está assinado por Carlos Osório de Castro, advogado responsável pelos assuntos judiciais do futebolista do Real Madrid.

A revista alemã refere ainda que nessa noite a referida mulher terá apresentado uma queixa na polícia, mas sem nunca dizer o nome do suposto violador. Segundo a Der Spiegel, terá apenas afirmado que era “uma figura pública” e um “atleta”.

O advogado de Ronaldo em Munique, Johanes Kreile, afirmou à revista alemã que “as acusações devem ser refutadas contundentemente porque são incorretas”. O advogado Osório de Castro, que assina o documento sete meses após a alegada violação, não quis prestar declarações à revista alemã.

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Entretanto, o Jornal de Notícias avança que em causa estará somente um “caso” do jogador com esta norte-americana “com cerca de 20 anos” e não uma violação.

Ronaldo: acusação “nojenta e ultrajante”

A notícia já foi desmentida por Cristiano Ronaldo através de um comunicado publicado no site da Gestifute, do empresário Jorge Mendes. Na nota, é referido que o artigo publicado pela Der Spiegel se trata “de uma peça de ficção jornalística” sem qualquer fundamento. “A suposta vítima recusa ser identificada e corroborar a estória.”

Leia na íntegra o comunicado de Cristiano Ronaldo:

O Jornal alemão Der Spiegel publica hoje uma extensa notícia sobre uma alegada acusação de violação que, segundo se refere, teria sido feita a Cristiano Ronaldo em 2009, ou seja, há cerca de 8 anos.

Trata-se de uma peça de ficção jornalística.

A suposta vítima recusa ser identificada e corroborar a estória. E todo o enredo se baseia em documentos não assinados e em que as partes são identificadas por códigos, em emails entre advogados que não dizem respeito a Cristiano Ronaldo e cuja autenticidade ele desconhece, e numa suposta carta que teria sido enviada pela putativa vítima, mas que ele nunca recebeu.

A reportagem do Der Spiegel é falsa e Cristiano Ronaldo agirá contra esse órgão de comunicação social por todos os meios ao seu alcance. A imputação de uma violação é uma acusação nojenta e ultrajante que não pode ficar em claro.