A polémica que envolve a maior empresa brasileira, Petrobras, e os alegados subornos a elementos do governo ou de alguma forma ligados à vida política, teve novos desenvolvimentos. O ex-diretor Renato Duque e vários executivos de nove importantes empresas nacionais foram detidos esta sexta-feira no Rio de Janeiro numa nova fase da operação da Polícia Federal, noticiou a agência espanhola EFE.

O ex-diretor de serviços Renato Duque é apontado como o principal responsável pelos desvios na Petrobras, refere a Folha de S. Paulo. O responsável pelos projetos de engenharia e licitações de obras desviava os contratos que assinava para o Partido dos Trabalhadores. Renato Duque foi despedido por Dilma Rousseff em 2012, juntamente com Paulo Roberto Costa, que o terá denunciado às autoridades. Já em setembro o também ex-diretor se mostrava disponível para colaborar com as autoridades.

Segundo a nota de imprensa da assessoria de Renato Duque, divulgada pela Folha de S. Paulo, “os advogados desconhecem qualquer acusação” contra ele e “vão adotar medidas cabíveis para restabelecer a legalidade”.

A operação “Lava Jato”, iniciada em março, investiga crimes de lavagem de dinheiro. Esta sexta-feira, para a sétima fase da operação, foram mobilizados 300 agentes em seis estados brasileiros – São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco, Minas e distrito federal – para cumprir 85 mandatos de busca e de prisão. Além do ex-diretor da Petrobras, também foram visados executivos das empresas Camargo Côrrea, OAS, Obebrechet, UTC, Queiroz Galvão, Engevix, Mendes Júnior, Galvão Engenharia e Iesa. Os envolvidos podem vir a ser acusados de organização criminosa, cartelização, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro, informou a Polícia Federal citada pela Folha de S. Paulo.

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