Daniel Proença de Carvalho disse que foi não procurado pelo ex-primeiro ministro para o defender, avança esta segunda-feira o jornal Público. “Nem sequer fomos contactados para representar José Sócrates”, assegurou o advogado que já antes defendeu Sócrates, o qual foi detido na sexta-feira à noite, à chegada ao aeroporto da Portela, por indícios de branqueamento de capitais, evasão fiscal e corrupção.
“Não vou renunciar à procuração de José Sócrates nesses casos”, afirmou o advogado, relembrando que o ex-primeiro-ministro continua a ser seu cliente noutros casos, nos quais é queixoso e não suspeito. Proença de Carvalho acrescentou ainda: “Não somos nós que escolhemos os clientes. Os clientes é que nos escolhem a nós”.
O certo é que os rumores apontavam para que Daniel Proença de Carvalho fosse o advogado do ex-PM, o qual representou em processos de difamação por ele movidos. Além disso, está associado à defesa de outros arguidos famosos, tal como Ricardo Salgado. Ao contrário do que era especulado, é João Araújo, natural de Goa e com 65 anos, que dá a cara pelo ex-primeiro-ministro.
A investigação em curso já levou à detenção de outras três pessoas: Carlos Santos Silva, amigo de longa data de Sócrates, Gonçalo Ferreira, advogado que trabalha com Carlos Santos Silva, e João Perna, motorista.