Pedro Passos Coelho mostrou-se “muito tranquilo” – “como se pode ver”, acrescentou – depois de exercer o seu direito de voto nesta manhã de domingo em Massamá. O primeiro-ministro apelou ao voto e remeteu todas as possíveis leituras para depois do fecho das urnas.

“Há sempre leituras para todos os gostos”, disse, acrescentando que essas leituras “nunca são estritas ao ato eleitoral” e “têm sempre consequências”.

“As eleições são para o Parlamento Europeu e é nesse enquadramento que será feita a leitura política, agora as leituras nunca são estritas ao ato eleitoral, têm sempre consequências, mas sobre isso não falarei agora, falarei mais logo”, afirmou aos jornalistas Pedro Passos Coelho.

Na Escola Secundária Stuart Carvalhais, em Massamá, o primeiro-ministro apelou ainda ao voto dos portugueses: “Mais do que um direito é um dever cívico”. E acrescentou que já seria uma vitória se o valor da abstenção fosse inferior ao das últimas eleições europeias (cerca de 63%). “Para o país era importante que, neste período, houvesse uma participação elevada”, disse.

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Disse ainda que pretendia passar toda a tarde com a família e que só depois se iria deslocar para junto da coligação Aliança Portugal.

Paulo Rangel votou mais ou menos à mesma hora do que Passos, mas em Gaia. O cabeça de lista do PSD/CDS às europeias garantiu estar “sereno e confiante” com os resultados, e voltou a apelar ao voto. “Todos os portugueses deviam estar preocupados” com a abstenção, disse.

À semelhança de Rangel, o candidato do CDS/PP na lista da Aliança Portugal, Nuno Melo, mostrou-se “confiante” no voto dos portugueses, dizendo que acredita ser “possível” uma vitória “ou, pelo menos, um resultado muito disputado”.

“Estou confiante em relação ao resultado, o que eu justifico numa campanha que foi sempre em crescendo, na rua, a ir ter com as pessoas. Tendo eu feito várias campanhas noutras alturas, apercebo-me que uma vitória é possível, ou pelo menos, um resultado muito disputado”, referiu o eurodeputado à saída da mesa de voto em Vila Nova de Famalicão. E apelou ao voto, sublinhando que a Europa é “determinante” para o futuro dos estados-membros.

Portas vinca importância de “exercer soberania”

O líder do CDS-PP alertou também hoje para a importância das eleições europeias para Portugal, apelando ao voto num momento em que foi “recuperada a soberania” em Portugal.

“Como sabem o único apelo que se pode fazer hoje é a que cada português que tem direito a voto utilize esse direito. Em democracia devemos votar e, recuperada a soberania, devemos exercê-la”, declarou Paulo Portas aos jornalistas, após ter votado na Junta de Freguesia da Estrela, em Lisboa.

O vice-primeiro ministro considerou que estas eleições são “mais importantes do que algumas vezes as pessoas pensam”, indicando que é no “quadro da União Europeia que matérias importantes para Portugal se discutem e decidem”. “Muitas matérias relativas ao interesse nacional se decidem em Bruxelas”, afirmou Paulo Portas, que foi o primeiro dos líderes partidários portugueses a votar, o que fez antes das 9h30.

Lembrou que este ano se celebram os 40 anos da democracia em Portugal e da “possibilidade de usar o voto” para se dizer o que se pensa: “Acho que é essa a forma de livremente, em democracia, decidirmos os nossos assuntos”.

Paulo Portas escusou-se a responder a perguntas dos jornalistas sobre a importância nacional dos resultados eleitorais ou o seu impacto na restante legislatura, lembrando que, por respeito à lei, há declarações que não se podem fazer no dia das eleições.