Luke Somers, o fotojornalista norte-americano capturado há mais de um ano por militantes da Al-Qaeda no Iémen, foi morto durante uma tentativa fracassada de salvamento. A notícia da morte do fotojornalista, de 33 anos, foi dada este sábado pela irmã à Associated Press.

A família de Luke Somers pede, agora, para que seja permitido a “todos os familiares de Luke fazer o luto de forma tranquila”. A irmã de Luke Somers está em Londres, a capital britânica, país onde o fotojornalista nasceu.

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Agentes do Federal Bureau of Investigation (FBI) informaram Lucy Somers e o pai do fotojornalista do falecimento à meia-noite local, 5h00 da manhã de Lisboa. Além de Somers, houve um segundo refém morto durante a operação, que a Associated Press diz ser Pierre Korkie, um professor natural da África do Sul que também estava cativo.

O Secretário da Defesa dos EUA, Chuck Hagel, já havia indicado que tinha havido uma segunda morte. “Ontem, por ordem do Presidente dos Estados Unidos da América, as forças especiais dos EUA levaram a cabo uma missão no Iémen para resgatar o cidadão norte-americano Luke Somers e quaisquer outros reféns que estivessem cativos com ele”, afirmou Hagel, garantindo que havia “fortes razões para acreditar que a vida de Somers estava em perigo iminente“.

Luke Somers foi tornado refém em setembro de 2013. Os militantes da Al-Qaeda no Iémen tinham difundido na quinta-feira um vídeo em que aparecia Somers, ameaçando tirar-lhe a vida dentro de três dias caso os EUA não acedessem às suas exigências. A irmã de Luke, Lucy, respondeu com um vídeo em que implorava para que deixassem o irmão viver. Somers era um “romântico que acreditava sempre no melhor das pessoas”.

Em comunicado, o Presidente Barack Obama denunciou o “bárbaro assassinato” e transmitiu condolências às famílias e amigos dos dois reféns, que terão sido mortos pelos sequestradores durante a operação de resgate realizada pelas forças especiais dos Estados Unidos, em conjunto com as autoridades iemenitas.

Obama garantiu que estas mortes não vão deter as tentativas do seu governo para libertar os reféns americanos e prometeu continuar a usar “todos os recursos militares, de informações e diplomáticos” para os resgatar.