A empresa Douro Azul anunciou nesta sexta-feira que está a equacionar a venda do ‘ferryboat’ Atlântida, tendo parado as obras de reconversão do navio para cruzeiros de luxo e que deveria ter a Amazónia como destino. Em comunicado enviado à Lusa, a empresa afirmou ter “em carteira, vários desafios e alternativas válidas para o Atlântida para operar em águas internacionais, seja numa operação típica de ‘ferry’, seja no apoio a plataformas petrolíferas”.

O navio, construído nos ENVC, por encomenda do Governo dos Açores, que o viria a rejeitar em 2009 devido a um nó de diferença na velocidade máxima contratada, foi comprado em setembro passado pela Mystic Cruises, do grupo Douro Azul (cruzeiros turísticos) por 8,75 milhões de euros.

Em meados de setembro passado, o empresário Mário Ferreira, dono da Douro Azul, anunciou a compra do navio por 8,7 milhões de euros, com capitais próprios, e investimentos de seis milhões de euros para transformar o ferryboat em navio de cruzeiros. Na altura, afirmou: “a Douro Azul tem capitais próprios suficientes para adquirir este navio e está neste momento a negociar com três bancos portugueses o financiamento [de seis milhões para obras de remodelação]. Estou convencido que dos três bancos teremos notícias positivas a muito curto prazo”, afirmou Mário Ferreira.

O Atlântida vai ser “um navio de cruzeiros internacionais que poderá navegar em todo o mundo”, acrescentou o empresário. Os planos iniciais parecem, afinal, ter-se afundado.

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