A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) vai analisar a situação no Hospital Amadora-Sintra, que chegou a ter esperas de 20 horas na urgência, no âmbito de um inquérito sobre o acesso dos utentes que já tinha sido instaurado.

De acordo com este regulador, a ERS tem estado atenta à “temática da garantia do direito de acesso dos utentes aos serviços de urgência do Serviço Nacional de Saúde (SNS)” e, neste âmbito, instaurou um inquérito ao Hospital Fernando Fonseca, conhecido como Amadora-Sintra.

Neste hospital, os utentes chegaram a esperar cerca de 20 horas no serviço de urgência, na noite de 25 para 26 deste mês, devido à falta de médicos, por motivo de doença, e por um número elevado de doentes com patologias complicadas.

Esta questão será analisada pela ERS que já tinha instaurado um inquérito ao tema de acesso dos utentes aos serviços de urgência do SNS.

Esse inquérito encontra-se “em fase de análise e de realização de diligências instrutórias”, adiantou a ERS.

O Hospital Amadora-Sintra recebeu, entretanto, “luz verde” da tutela para contratar dez médicos, pelas vias que conseguir.

O hospital está ainda a abordar médicos que se encontram ausentes da instituição e a convidá-los para trabalhar, nomeadamente na noite da passagem do ano (de quarta para quinta-feira).

O presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Luís Cunha Ribeiro, disse à Lusa que a administração do Amadora-Sintra está a tentar assegurar que as empresas prestadoras de serviços médicos respondam positivamente quando solicitadas a fornecer profissionais, principalmente em circunstâncias especiais como a vivida nos últimos dias no hospital.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Luís Cunha Ribeiro revelou ainda que o Serviço de Atendimento Permanente (SAP) de Sintra vai ser reforçado com médicos e enfermeiros, alegando que a resposta deste serviço foi “crucial” para ajudar na resposta aos utentes da área do Hospital Amadora-Sintra.

Entretanto, o tempo de espera nas urgências do hospital Amadora-Sintra normalizou nas últimas horas, segundo o porta-voz daquela unidade hospitalar.