A Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa vai receber, a 21 de junho, um colóquio internacional sobre o teatro de Fernando Pessoa. Apesar de ser pouco conhecido, o teatro pessoano tem sido objeto de recentes edições críticas, de que é exemplo a publicação de Fausto, no passado mês de maio, e de todo o teatro estático, em 2017. É no seguimento deste trabalho que surge o evento de dia 21, “O Teatro de Fernando Pessoa: prosa, verso e hipertexto”, um convite “a revisitar a obra dramática de Fernando Pessoa e a repensar a sua relação com outros universos literários, como o simbolismo francês e o modernismo russo, e com outros autores que influenciaram a sua criação, nomeadamente Goethe, Marlowe, Maeterlinck e Shakespeare”, refere o site do evento.

A abertura do colóquio, marcada para as 10h, estará a cargo de Eduardo Lourenço. Depois de um pequeno intervalo, Filipa de Freitas e Patricio Ferrari, responsáveis pela recente edição do teatro estático de Pessoa, irão falar acerca deste género dramático criado pelo poeta português, de que o exemplo mais conhecido é a peça O Marinheiro. Ainda durante a manhã, sempre em comparação com o teatro estático pessoano, serão abordadas as obras de W.B. Yeats, Maurice Maeterlinck e o teatro russo. A parte da tarde será dedicada ao Fausto, que terá em breve uma versão digital (“Fausto: uma existência digital”), à semelhança do que tem sido feito com outras partes da obra de Pessoa (nomeadamente com o Livro do Desassossego). Uma das apresentações estará a cargo de Carlos Pittella, responsável pela primeira edição com aparato crítico-genético do Fausto pessoano.

O “Fausto” de Fernando Pessoa é um “diário da busca do conhecimento, da verdade”

O evento decorrerá até às 18h30, na Sala B.3 da Faculdade de Letras de Lisboa. A entrada é livre e não é necessária inscrição prévia. O horário completo pode ser consultado aqui.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR