O ex-reitor da Universidade de Lisboa Sampaio da Nóvoa disse neste sábado, em Abrantes, estar “disposto a tudo” para contribuir para um novo ciclo político em Portugal, embora tenha assegurado não ser candidato a nada. “Nunca fui, nem sou, candidato a nada, e tenho dito muitas vezes que não tenho vida política, mas também tenho dito que estou disposto a tudo para configurar uma solução de mudança e um novo ciclo político em Portugal, que é absolutamente essencial”, disse Sampaio da Nóvoa à agência Lusa, à margem de uma conferência da Juventude Socialista de Santarém.

Segundo o professor universitário, “o novo ciclo político passa pelas legislativas, e depois pelas presidenciais, mas passa, sobretudo, por uma nova atitude em relação à política”. Questionado sobre a possibilidade de ser candidato à Presidência da República, em janeiro de 2016, Sampaio da Nóvoa disse não ser “uma coisa que procure ou deseje”, reiterando querer “contribuir para a mudança e para a transformação do país, (…) não excluindo nem incluindo uma futura candidatura” à sucessão de Cavaco Silva.

Para tal acontecer, observou, “é preciso que haja uma mobilização das pessoas, que inclua os partidos, enquanto estruturas fundamentais da vida politica e democrática”, tendo defendido ser “chegada a altura de ir além dos partidos”. “É preciso reconhecer a importância das forças sociais, dos movimentos sociais e de muita coisa importante que acontece hoje na sociedade portuguesa e que eu denomino, de forma redundante, ‘democracia democrática’, uma democracia que vá para além das estruturas formais da democracia”, disse Sampaio da Nóvoa.

Nesse contexto, de modo a “reinventarmos uma ideia de futuro” para Portugal, “estou disponível para participar, com outros e com outras pessoas, seja em primeiro ou em último lugar”, afirmou.

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