Paulo Portas afirmou esta sexta-feira, em Lisboa, que está para ir à comissão de inquérito ao BES desde o primeiro minutos e que foi a própria maioria que o propôs, reiterando que apoia a investigação à queda do banco. Sobre o encontro com Salgado, revelado numa carta que o ex-banqueiro enviou quinta-feira aos deputados, Portas não disse uma palavra.

“Sempre fui a favor do apuramento da verdade. Quando me chamarem, lá irei”, disse o vice-primeiro-ministro aos jornalistas à saída de um encontro da câmara de comércio luso-espanhola. Apesar de também ter sido questionado sobre o seu encontro com Ricardo Salgado – informação divulgada em primeira mão pelo Observador -, Paulo Portas não respondeu e preferiu falar de outros temas com que foi confrontado durante o dia de ontem.

Na quinta-feira à noite, fonte do gabinete de Portas adiantara à Lusa que o vice-primeiro-ministro irá responder a perguntas relativas ao encontro com o ex-presidente do BES Ricardo Salgado quando for ouvido na comissão parlamentar de inquérito.

Apesar de ter dito que o dia de ontem “foi um tiro ao Portas”, o vice-primeiro-ministro afirmou que todas as acusações caíram ao lado, incluindo as novas acusações da eurodeputada Ana Gomes no caso dos submarinos. O centrista refere que “essa senhora é compulsivamente mentirosa” e que não tem nada a ver com as suas “obsessões”. Portas assegura que as cartas rogatórias que chegaram ao Ministério dos Negócios Estrangeiros enquanto foi ministro, chegaram às autoridades jurídicas.

Sobre os vistos gold, o governante afirma que irá ao Parlamento explicar o novo funcionamento do regime e continua aberto a propostas vindas dos vários grupos políticos para melhorar este mecanismo.

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