O Benfica investiu forte na janela de transferências do verão de 2018 e injetou energia e nomes promissores no setor ofensivo, com as contratações de Facundo Ferreyra e Nicolás Castillo, dois avançados com referências acima da média que chegavam para ser alternativa a Jonas e deixavam Seferovic como quarto avançado. Fast forward para fevereiro de 2019 e Jonas lesionou-se, Seferovic é titular e Ferreyra e Castillo já saíram no mercado de inverno. Olhando para as restantes contratações de verão – que incluem Gabriel, Conti, Corchia e o ainda lesionado Ebuehi –, existe um titular indiscutível que salta à vista: Odysseas Vlachodimos.
A equipa com amor ao clube caiu aos pés do miúdo que ama o futebol (a crónica do FC Porto-Benfica)
A par de Gabriel, o guarda-redes grego é o único jogador a ter chegado no verão e a convencer de forma duradoura. E se o médio brasileiro foi no início da temporada uma opção algo intermitente, ganhando mais espaço (e protagonismo) desde que Bruno Lage substituiu Rui Vitória, Vlachodimos é o dono da baliza encarnada desde que aterrou em Lisboa e relegou para o banco de suplentes o belga Mile Svilar (além de Bruno Varela, que saiu em janeiro a título de empréstimo para o Ajax e tem sido substituído nas convocatórias pelo russo Ivan Zlobin, da equipa B).
Benfica oficializa a contratação de Odysseas Vlachodimos, guarda-redes de 24 anos
No clássico deste sábado, onde o Benfica venceu o FC Porto no Dragão e agarrou a liderança da Primeira Liga, Vlachodimos foi fulcral desde o primeiro ao último minuto, com seis defesas decisivas: evitou que Alex Telles inaugurasse o marcador logo no primeiro lance da partida; segurou um desvio de Marega já na pequena área aos 90 minutos; e fez a defesa da noite a remate de Felipe, já durante o período de descontos.
A verdade é que o ciclo a que o Benfica tem obedecido nos últimos anos volta a repetir-se. No que toca a guarda-redes, os encarnados encaixaram 56 milhões em transferências nos últimos anos, com a ida de Oblak para o Atl. Madrid e de Ederson para o Manchester City. Além destes dois negócios mais frutíferos, o Benfica teve ainda Júlio César e Artur, dois brasileiros que agarraram a confiança dos treinadores e dos adeptos, e Roberto, que mesmo com uma passagem pouco feliz pela Luz rendeu oito milhões de euros quando saiu para o Saragoça (o mesmo que custara). Contas feitas, Vlachodimos eleva-se e cimenta-se como grande candidato à próxima grande transferência de um guarda-redes do Benfica para um gigante europeu.