A freira Antónia Pinho, de 61 anos, foi encontrada morta — possivelmente asfixiada e violada — na casa de um homem registado no banco de toxicodependentes, os mesmos que a religiosa ajudava no concelho de São João da Madeira, em Aveiro, local onde morava, avançou a CMTV. O suspeito do homicídio foi detido esta madrugada depois de um longo interrogatório, noticiou o Jornal de Notícias.

A irmã Tona, alcunha de Antónia Pinho, era conhecida no concelho como “freira radical”, por deslocar-se com uma lambreta, entretanto, o seu maior compromisso resumia-se a ajudar idosos e toxicodependentes. O homicídio terá acontecido durante a manhã.

Na manhã deste domingo, o homem de 44 anos conseguiu que a freira entrasse em sua casa para lhe oferecer um café, uma forma de agradecimento por ela o ter levado de carro até ali, refere a Polícia Judiciária numa nota enviada às redações. O homem, que já tinha sido condenado por violação, disse que queria manter relações sexuais com a vítima. Como a freira recusou, o homem terá aplicado “um golpe de estrangulamento denominado mata-leão que terá sido a causa da morte”, explica a PJ. Só depois é que a deitou sobre a cama e a violou.

O suspeito de homicídio qualificado foi detido fora de flagrante delito, refere a PJ. O detido é toxicodependente, está desempregado e tem antecedentes criminais pela prática de crimes de tráfico de estupefacientes, violação e sequestro. Tinha saído da prisão há três meses.

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O detido vai ser presente à Autoridade Judiciária competente para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.

Antónia Pinho foi capa do jornal ‘O Regional’ há três dias, com imagens acompanhadas de sua lambreta, e, na entrevista, revelou ter entrado para o convento com 21 anos, ser licenciada em enfermagem através de uma faculdade espanhola e participar da Congregação Servas de Maria Ministras dos Enfermos, no Porto.

Atualizado às 14h40 com o que aconteceu na casa do agressor.