Em 2013 os hospitais portugueses realizaram 82.064 partos, menos 29.552 do que em 2003. O número de partos tem vindo a cair ininterruptamente desde 2010, sendo que antes desta data, e recuando até 2003, vinha oscilando entre quebras e subidas, segundo a publicação “Estatísticas da Saúde 2013“, divulgada esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a propósito do Dia Mundial da Saúde.

A maioria dos partos ocorridos em 2013 foi de mães residentes na Área Metropolitana de Lisboa (32,7%) e na região Norte (32,1%) e 80,6% dos partos correspondeu a mulheres com idades entre os 25 e os 39 anos (66.156 partos). Destes, 43,1% era referente a mulheres entre 30 e 34 anos, 30,1% entre 25 e 29 anos, e 26,7% entre 35 e 39 anos.

Do total de partos, 244 resultaram em fetos mortos e foi nas idades mais avançadas que a proporção de partos que resultaram em fetos mortos se revelou mais elevada, independentemente da natureza do parto.

Desde 2006 que mortes superam nascimentos

Numa comparação ao longo da última década entre partos e óbitos é possível verificar que até 2006 os partos superavam os óbitos, mas desde então a tendência inverteu-se e morrem mais pessoas do que nascem, em Portugal. Isso apesar de também o número de óbitos estar a decrescer. Em 2013 ocorreram no país 106.876 óbitos, menos 2.272 do que os registados em 2003.

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As mortes naturais – motivadas por doenças – representaram 94,4% do total de mortes de residentes no país, enquanto a proporção de mortes não naturais foi de 1,9% e as sujeitas a investigação médica de 3,7%. Dois terços dos portugueses que morreram de causa natural morreram em hospitais ou clínicas e 26,2% dos portugueses morreram em casa.

A análise por região NUTS II evidencia que as mortes não naturais são ligeiramente mais frequentes no Alentejo (2,9%) e no Algarve (3,2%). No caso de mortes sujeitas a investigação médica, evidenciam-se as proporções obtidas para a região do Algarve (6,8%) e para a Região Autónoma da Madeira (7,1%).

O relatório divulgado esta segunda-feira vem ainda mostrar uma continuidade nas principais causas de morte: as doenças do aparelho circulatório e os tumores malignos representaram 53,8% dos óbitos registados no país.