Eduardo Ferro Rodrigues, antigo secretário-geral do Partido Socialista, declarou o seu apoio ao atual autarca da Câmara de Lisboa. Para Ferro Rodrigues, o partido “vive uma situação limite”, que tem que ser resolvida o quanto antes, e não pode ficar calado enquanto não houver uma clarificação da liderança socialista.

“Enquanto for possível, e na medida em que for possível, votarei António Costa. Estou de acordo com ele sobre a análise do passado e, sobretudo, do balanço que faz nos governos do PS”, declarou Ferro Rodrigues à TSF. Sobre a situação atual do Partido Socialista, o antigo secretário-geral foi claro. “Não se pode aguardar pela alternância, tem de se construir uma alternativa”, disse. Em relação ao futuro do partido, Ferro também se alinha com Costa já que, depois das eleições, terá que “haver capacidade de formar um governo com o PS como mola impulsionadora e como base um Governo de amplo apoio social e político”.

Com a declaração do apoio a António Costa, Ferro Rodrigues quebrou a promessa, feita há uma década, de que não se meteria em questões internas do PS “a não ser que acontecessem situações excecionais”.

“Estamos numa situação limite, porque, perante uma crise enorme no país, perante uma crise na democracia portuguesa e uma crise de confiança a todos os níveis, é incompreensível que o PS não tome rapidamente uma posição para saber quem é o PS nas próximas eleições”.

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