A comissão de trabalhadores do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) exigiu, esta sexta-feira, a demissão do presidente do INEM, à semelhança do que tem vindo a ser feito pelo sindicato dos técnicos de ambulância em emergência (STAE). Reunidos em assembleia-geral, os trabalhadores do instituto confirmaram ainda a greve a partir do dia 24 de junho.

Rui Gonçalves, da comissão de trabalhadores, anunciou ainda que ficou decidido na reunião apresentar queixa na Inspeção-geral de Finanças “sobre as ilegalidades ou supostas ilegalidades que estejam a decorrer na elaboração de escalas” do pessoal do INEM.

Este mesmo trabalhador acrescentou ainda que foi rejeitada a proposta de reestruturação na área da Grande Lisboa e que “incluía o fecho de três viaturas que trabalham 24 horas por dia”.

Os trabalhadores do INEM têm estado em pé de guerra com o presidente do instituto, o major Paulo Campos e já convocaram uma greve às horas extraordinárias a partir do próximo dia 24.

O presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica, Paulo Campos, que esteve reunido no Ministério da Saúde, na passada segunda-feira, anunciou que até setembro vai haver um reforço de técnicos de emergência médica, com a contratação de 85 profissionais.

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Paulo Campos também já afirmou que foram pagos até agora “todos os valores reclamados do passado” pelos funcionários e que o pagamento dos subsídios de alimentação dos turnos extra começará a ser feito ainda em junho.

O INEM já avisou que apresentará queixa ao Ministério Público contra quem contribuir para colocar em risco o socorro urgente a doentes.

De lembrar que a Inspeção-geral de Atividades em Saúde (IGAS) está a investigar há meses duas queixas em concreto relativas à atuação do presidente do instituto.