O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho afirmou esta sexta-feira que Carlos Moedas “não tem nenhum handicap que o torne uma escolha menos boa face aos seus colegas” escolhidos para a Comissão Europeia. E garantiu que a escolha do atual secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro para comissário europeu foi com base na “competência” que tem para o cargo.

Segundo Passos Coelho, que falava aos jornalistas na Manta Rota no seu primeiro dia de férias, Carlos Moedas dará “um excelente comissário europeu” porque tem “condições e competência para desempenhar variadíssimas funções” na equipa de Jean-Claude Juncker. A pasta que o comissário português vai assumir na Comissão ainda não está definida, mas a indicação é de que pode ser económica.

Apesar de nunca ter sido comissário europeu, Passos garante que Moedas, que estava responsável pelo acompanhamento das avaliações da troika, “está ao mesmo nível de outros candidatos que foram ministros”.

Já Maria João Rodrigues, ex-eurodeputada e ministra do primeiro Governo de Guterres, reagiu à notícia da escolha à RTP informação, onde afirmou que não foi surpresa, dada a “proximidade de Carlos Moedas ao primeiro-ministro”, mas que foi “mais um caso que ilustra situações em que o critério competência não é tido em conta”.

Para Maria João Rodrigues o “critério-chave” para a escolha de um comissário europeu devia ser o domínio claro das políticas europeias, fator que, diz, falta a Moedas. “Não tem pensamento europeu”, diz, acrescentando que devia ter havido um “entendimento e um debate mais aberto” entre os vários partidos para apurar os “prós e os contras” da escolha.

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