Os bancos vão fazer uma “contribuição especial” de 133 milhões de euros para o Fundo de Resolução. A quantia será destinada à capitalização do Novo Banco, totalizando a participação do setor financeiro nos 500 milhões de euros, segundo o Banco de Portugal (BdP).

Para realizar o capital social do Novo Banco, que vai concentrar os ativos e passivos considerados não problemáticos que eram do Banco Espírito Santo (BES), o Fundo de Resolução vai disponibilizar 4,9 mil milhões de euros, de acordo com informação disponibilizada esta segunda-feira pelo banco central.

Desse montante, explicou o BdP, “367 milhões de euros são oriundos dos recursos financeiros próprios do Fundo de Resolução, resultantes das contribuições já pagas pelas instituições participantes e da contribuição sobre o setor bancário”, escreve a instituição liderada por Carlos Costa, que acrescenta que “será cobrada uma contribuição especial, a ser efetuada pelas instituições que participam neste Fundo, no valor de 133 milhões de euros”.

Ou seja, ao todo, os mais de 80 bancos que operam em Portugal e que participam no Fundo de Resolução vão entrar com 500 milhões de euros neste fundo, que serão canalizados para a constituição do capital do Novo Banco, liderado por Vítor Bento.

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No entanto, os 4,4 mil milhões de euros restantes, que são a parcela mais significativa, “provêm de um empréstimo concedido pelo Estado, que será posteriormente reembolsado e remunerado pelo Fundo de Resolução”.

O BES, tal como era conhecido, acabou este fim de semana depois de o Banco de Portugal (BdP) ter anunciado a sua separação num ‘banco bom’, denominado Novo Banco, e num ‘banco mau’ (‘bad bank’).

O Novo Banco fica com os ativos e passivos bons que pertenciam ao BES, como depósitos e créditos bons, e recebe uma capitalização de 4,9 mil milhões de euros enquanto o ‘bad bank’ ficará com os ativos tóxicos.