A administração da Volkswagen na Alemanha assegurou esta sexta-feira ao governo português que o investimento de 677 milhões de euros em curso na fábrica da AutoEuropa não foi “minimamente afectado pelo plano de cortes de investimentos anunciados pela VW”.

Segundo um comunicado do Ministério da Economia, esta garantia foi dada por Herbert Diess, administrador e presidente não executivo para os automóveis ligeiros, numa conferência telefónica realizada esta sexta-feira com o ministro da Economia, Pires de Lima. Neste contacto, em que esteve também presente o presidente da AutoEuropa, António Melo Pires, o administrador do grupo alemão reafirmou a data de 2018 para o início da laboração da nova unidade de produção, com um nível de atividade igual ou até superior ao que foi objeto de contrato de investimento com a Aicep.

Esta semana, o grupo alemão anunciou um corte nos investimentos da ordem dos mil milhões de euros por ano. O grupo alemão já tinha dado a mesma garantia ao governo espanhol a propósito da presença industrial naquele país.

Nesta conferência telefónica, em que participou ainda o secretário de Estado da Inovação, Pedro Gonçalves, a Volkswagen confirmou que está a trabalhar no calendário de reparação dos automóveis a gasóleo equipados com o kit fraudulento de emissões, antecipando que as alterações ao nível de software deverão ser resolvida no primeiro trimestre do próximo ano. Intervenções complexas, ao nível dos motores, só deverão ficar concluídas até ao final de 2016.

O responsável da Volkswagen reafirma “a garantia de que os proprietários dos veículos não serão chamados a assumir qualquer responsabilidade financeira” relativa à regularização dos automóveis ou outros impactos que venham a verificar-se, e que serão assumidos pela marca. O Ministério da Economia conclui assim que “os consumidores estão, assim, protegidos de custos resultantes das modificações dos motores ou outros que venham a ser determinados”.

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