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Quarantine In Santiago De Chile
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País administrou mais de 14 milhões de doses de vacina

NurPhoto via Getty Images

País administrou mais de 14 milhões de doses de vacina

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14 milhões de vacinas administradas, mas em confinamento nacional. O que correu mal no Chile?

O Chile é um dos países com mais doses de vacinas administradas desde fevereiro, mas nem isso impediu um confinamento quase total. Relaxamento de medidas e vacina chinesa ajudam a explicar.

O Chile parecia ter a fórmula para o sucesso no que toca à vacinação contra a Covid-19. Apesar de ter recebido as vacinas mais tarde do que a União Europeia e os Estados Unidos, o país sul-americano de aproximadamente 17,5 milhões de habitantes chegou a ser, em fevereiro, o líder em inoculações em termos globais, superando até Israel. Os dados mais recentes dão conta de que o país já administrou mais de 14 milhões de doses de vacinas e que mais de 5 milhões de chilenos já estão completamente imunizados contra a doença.

A “estratégia pragmática” de 200 milhões de dólares (165 milhões de euros) começou a ser preparada em maio de 2020 para “garantir que uma quantidade suficiente de vacinas seguras e eficazes estariam disponíveis para todos os chilenos”, afirmou, na altura, o ministro da Saúde do país, Enrique Paris. Jogando no tabuleiro geopolítico, o Chile ignorou “os fatores políticos” que se podiam intrometer nas negociações e preferiu valorizar “o mérito técnico e científico de cada vacina”, tendo chegado a acordo com vários laboratórios, para a eventualidade de a oferta diminuir, explicou Rodrigo Yáñez, secretário das relações económicas internacionais chilenas.

O processo de vacinação em larga escala arrancou em fevereiro e quase de imediato o país começou a diminuir as restrições impostas. Restaurantes, bares, centros comerciais, espetáculos culturais voltaram a funcionar e até as fronteiras foram reabertas. No pico do verão austral, o Chile queria fazer de tudo para recuperar os prejuízos económicos de um ano perdido, especialmente para o setor do turismo. E em março já quase não havia qualquer restrição sobre uma boa parte das atividades. “As quarentenas nunca foram eficazes e a mobilidade aumentou consideravelmente”, explicou ao El País o médico Mauricio Canals, membro da plataforma ICOVID, iniciativa que estuda a situação epidemiológica no país.

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Tudo isto fez com que, numa altura em que o Chile tinha cerca de 22% da população totalmente imunizada e 36% com a primeira dose da vacina, os casos aumentassem de forma considerável — e o país chegou mesmo a ter mais de nove mil infeções diárias. Os internamentos e as mortes também aumentaram, chegando a ultrapassar os 120 óbitos diários relacionados com a doença.

Com a sobrecarga no serviço de saúde (com cerca de 96% das camas em cuidados intensivos ocupadas) e com o número de infeções a aumentar de dia para dia, o governo chileno viu-se obrigado a decretar um novo confinamento praticamente a nível nacional (com 83% da população em confinamento domiciliário) e que obrigou inclusivamente a adiar eleições para maio. Desde a “euforia inicial” até à vacina chinesa, porque é que o caso chileno não teve tanto sucesso? E que lições é que Portugal pode aprender com o Chile?

A “euforia imediata” das vacinas e o “otimismo”

Segundo Tiago Correia, professor e investigador do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, o que aconteceu no Chile foi uma “euforia imediata” com a vacinação, centrada apenas nos aspetos positivos da vacinação — “uma mensagem pouca acertada e pouco prudente sobre a vacinação”. Opinião semelhante tem Francisca Crispi, presidente regional da associação médica chilena, que disse ao New York Times que houve uma “falsa perceção de segurança”, o que levou a que as “pessoas pensassem que, com a vacinação, a pandemia terminaria”.

“É possível que o país tenha sido demasiado otimista depois do lançamento da vacina”, indicou à revista de saúde BMJ Michal Touchton, membro do Observatório para a Contenção da Covid-19 nas Américas, da Universidade de Miami. À mesma publicação, Claudia Cortés, infectologista da Universidade do Chile, explicou que “no início da campanha da vacinação havia uma mensagem do governo de que ‘as vacinas estão caminho e por isso a pandemia terminará dentro em breve’”. “A população deixou de cumprir as regras, parou de usar máscaras e juntou-se em grandes multidões durante as férias de verão”, concluiu.

"A mensagem no Chile foi a de que, agora que há vacinas, está tudo resolvido. Foi um pouco aquilo que vivemos em Portugal no final de dezembro, com a chegada das primeiras vacinas".
Tiago Correia

A ideia de que as fases iniciais de uma campanha de inoculação terminam com a pandemia está muito longe de ser verdade, segundo Tiago Correia. “Em primeiro lugar, a vacinação não produz anticorpos imediatamente e não sabemos exatamente qual é a capacidade que as vacinas têm para evitar a transmissão do vírus. Em segundo lugar, a capacidade das vacinas para proteger contra a doença também demora a aparecer”, explica o investigador. O caso chileno ainda foi mais flagrante, uma vez que ocorreu numa altura em que se registava uma “elevada disseminação do vírus, num momento crescente da segunda vaga” no país.

Em fevereiro, mês em que se iniciou a vacinação, o país registava três a quatro mil casos diários de Covid-19. Também o risco de transmissibilidade (Rt) subiu na mesma altura: estava nos 0,96 a 1 de fevereiro e chegou aos 1,09 no dia 28. Em março, o país chegou a registar um Rt de 1,15.

“Quando as taxas de transmissão do vírus são altas, a vacina não controla as novas infeções imediatamente”, sublinhou Denise Garrett, epidemiologista do Sabin Vaccine Institute, ao New York Times, acrescentando que “com as novas variantes, que são mais contagiosas, não é provável que vejamos um grande impacto até que a grande maioria da população seja vacinada”.

Efeitos diretos do aumento de infeções são o aumento de hospitalizações e de mortes, sendo que as enfermarias de cuidados intensivos no Chile estão praticamente lotadas, com a ocupação a rondar os 96%. Tendo começado por pessoas mais velhas, a vacinação protegeu essa faixa etária e os doentes hospitalizados passaram a ser cada vez mais novos — a maioria dos internados têm entre 40 e 49 anos, mas em faixas etárias mais novas também se verificou um aumento de internamentos. Gabriel Cavada, especialista de bioestatística da Escola de Saúde Pública da Universidade Chile, realçou ao El País que “ao contrário da primeira vaga de 2020, ao ingressarem nas UCI pessoas mais novas com quadros clínicos severos da doença, elas passam mais tempo a precisar de ventilador”. E os dados mostram que, apesar do confinamento, a lotação continua perto dos 100%.

“O estado imunitário [proporcionado pelas vacinas] não chegou a cobrir a população que está a transmitir a doença, que está entre os 30 e os 60 anos”, sublinhou Gabriel Cavada. O especialista também realçou o aumento de óbitos no país, que já chegou a superar as 200 mortes diárias, principalmente nas faixas etárias mais novas, algo que o especialista considera “tremendamente preocupante”. 

Ainda assim, verifica-se já um efeito positivo na vacinação: existe “muito pouca gente com mais de 65 amos hospitalizada”, conforme explicou o professor e investigador especializado em virologia molecular da Universidade Pontifícia Católica do Chile, Rafael Medina Silva, ao La Vanguardia. Isto mostra que a imunidade conferida pelas vacinas poderá já estar a resultar.

Chile. Como um dos países com maior taxa de vacinação volta ao confinamento

O relaxamento de medidas e as férias de verão: “Foi um erro”

Uma das causas que atribuída ao aumento de casos foi o relaxamento de medidas, que começou logo em novembro, numa altura em que se verificava uma redução no número de novas infeções. Tendo por base uma decisão regional, em várias comunas (divisão administrativa equivalente a concelhos) foram-se reabrindo centros comerciais, restaurantes, bares, casinos e os eventos culturais com público foram permitidos com restrições mínimas de distanciamento social.

Estando no hemisfério sul, o verão começou em dezembro, sendo que em janeiro o governo chileno decidiu permitir a circulação de cidadãos dentro do país, mesmo aqueles vindos de comunas com um elevado número de casos de Covid-19. Todos passaram a poder deslocar-se no território chileno devido à designada “autorização de férias”, que serviu para “fazer frente à fadiga pandémica”. Além disso, o governo do Chile reabriu as fronteiras a estrangeiros e as praias do país encheram-se de turistas nacionais e internacionais.

Valparaiso, uma das zonas balneares mais populares, registou um aumento exponencial de casos. “Acreditamos que este aumento de casos se relaciona diretamente com vários fatores que permitiram que uma quantidade de pessoas se deslocassem às comunas da nossa região”, havendo um “ambiente, um espírito festivo, um espírito de descansar, de desconectar-se depois de um ano muito mau”, explicou à AFP Ignacio de La Torre, presidente do Colégio Médico de Valparaíso.

CHILE-TOURISM-VINA-FEATURE

Praia cheia em fevereiro em Vina del Mar, Chile

AFP via Getty Images

Estas medidas, que também incentivaram ao incumprimento das restrições por parte da população, obrigaram o ministro da Saúde chileno, Enrique Paris, a adjetivar o desconfinamento como um “erro“: “Talvez não tenha havido uma comunicação de risco evidente para dar instruções à população, que acabou por ter comportamentos indevidos”.

"A autorização [para sair da comuna] não foi a causa do aumento de casos, as causas do aumento de casos foram que, durante as férias, e não apenas as pessoas mais humildes, organizaram-se festas, não se respeitou o recolher obrigatório, as pessoas aglomeravam-se e não usavam máscaras, bebiam álcool, liberavam-se. Isso foi o que produziu o aumento de casos"
Enrique Paris, ministro da Saúde chileno

A infectologista Claudia Cortés explicou ao The New York Times que a situação era previsível: “Mais de quatro milhões de pessoas viajaram pelo país. Isso levou o vírus, amplamente contido em algumas áreas importantes, a espalhar-se por todo o território”.

A variante brasileira e os turistas brasileiros

Outras das razões para o aparente descontrolo epidemiológico prendeu-se com o surgimento da variante de Manaus, que é mais transmissível e com efeitos mais graves. Com a abertura das fronteiras e com a chegada de turistas brasileiros — que apenas tinham de apresentar um teste PCR negativo à entrada e não tinham de realizar uma quarentena de 14 dias –, a variante poder-se-á ter transmitido mais rapidamente — ainda para mais num contexto turístico, onde não havia tantas medidas de etiqueta respiratória.

O virólogo Rafael Medina Silva disse ao La Vanguardia que o Chile deveria ter “fechado desde o princípio as viagens ao e desde o Brasil”. “É uma decisão política dura, dada a quantidade de gente que viaja entre ambos os países durante o verão”, admite, mas acrescentando que tal “poderia ter mitigado a situação”. O Chile só acabou por encerrar as fronteiras a todos os estrangeiros não residentes a 4 de abril, numa altura em que se já tinham detetado casos de variante brasileira. Pouco depois, a 22 de abril, o país tinha 156 casos confirmados da variante de Manaus.

Além disso, no dia em que as fronteiras encerraram, também já tinham sido detetadas as variantes da Califórnia, da Nigéria e do Reino Unido. E isso está relacionado também com um outro problema: segundo Rafael Medina Silva, o Chile ainda não possui uma “vigilância das variantes à altura do que o país necessita”. 

No entanto, Tiago Correia considera que é “simplista” justificar o aumento de infeções no Chile devido às variantes. “É uma contradição grande da comunidade científica”, aponta, exemplificando com o caso português: “Em janeiro, cerca de 15% dos casos de Covid-19 em Portugal eram devido à variante britânica. Agora, representa 90% e ninguém está preocupado”. “Ao contrário do que os epidemiologistas sugerem, também depende de se as pessoas cumprem ou não os comportamentos corretos”, sublinha.

A vacina chinesa

O professor e investigador do Instituto de Higiene e Medicina Tropical assinala que um dos motivos para o aumento de casos pode estar relacionado com a vacina que está a ser usada, a Sinovac, uma das mais administradas no Chile. “Não há certeza de que esta vacina seja tão eficaz”, sendo que a “imunidade que concede pode ser apenas para a doença não evoluir, não para evitar a sua transmissão”.

O Chile não olhou a coordenadas para adquirir vacinas, tendo desenvolvido um esforço para obtê-las independente do país de produção. O primeiro imunizante que chegou ao país, a 24 de dezembro, foi o da Pfizer com 20 mil doses usadas para inocular os profissionais de saúde da linha da frente. Mas a vacinação em massa começou a vacina chinesa da Sinovac — e foi administrada a mais de 93% de todos os que já receberam pelo menos uma dose. E ao La Vanguardia, o virologista Rafael Medina Silva diz que a primeira dose dessa vacina “não é muito eficiente”.

Chile Sees Record Infections Even As Vaccination Efforts Scale

Profissional de saúde chileno a tomar a vacina da Sinovac

Bloomberg via Getty Images

Um estudo publicado pela Universidade do Chile no início de abril (quando o país já tinha entrado em confinamento) mostrou que a vacina da Sinovac tem 56,5% de eficácia a prevenir uma infeção de Covid-19 depois das duas doses (contra 90% da Pfizer). Contudo, a eficácia desce para 3%, quando se fala apenas de uma dose, o que é “muito baixo”. Os investigadores reforçaram que era preciso que mesmo os vacinados cumprissem todas as medidas — até porque o grau de de proteção em ambas as doses não é muito alto.

Ennio Vivaldi, reitor da Universidade de Chile e médico, afirma que os resultados da vacinação — nomeadamente os que dizem respeito à maior proteção dos mais velhos — são uma “luz de esperança, mas sublinhou: os chilenos devem “cuidar de si, usar máscaras, seguir as medidas sanitárias, ficar em casa, mesmo tendo a vacina. Só assim sairemos antes da pandemia”.

"Face a estes dados, é de vital importância redobrar os esforços governamentais, tanto em ações como na comunicação de risco, e também entre os cidadãos para evitar a propagação do vírus". 
Eduardo Engel, co-autor do estudo publicado pela Universidade do Chile

As vacinas chinesas, entre quais a da Sinovac, também têm estado no centro de uma forte polémica, principalmente após as declarações, a 11 de abril, do diretor do Centro de Controlo de Doenças da China, Gao Fu, que indicou que a taxa de eficácia dos imunizantes chineses era “baixa”, falando das vacinas que utilizam o mecanismo do ARN-mensageiro (como a Pfizer e da Moderna), por oposição, como um “benefício para a Humanidade”.

China admite baixa eficácia das vacinas que produz e pondera misturar vacinas

Contudo, Gao Fu veio dizer, em entrevista ao Global Times, que as suas declarações tinham sido “mal interpretadas” e que queria dizer que os cientistas devem empreender um esforço contínuo em melhorar a eficácia das vacinas. “Neste aspeto, sugiro que possamos considerar ajustar o processo de vacinação, como o número de doses e os intervalos, e adotar uma sequencia de vacinação com diferentes tipos de vacinas”, justificou.

Rafael Medina Silva rejeita que a vacina da Sinovac seja ineficaz, mas receia que o aumento de casos e a posição chinesa expanda o ceticismo da população em ser vacinada com este imunizante: “Não estamos numa etapa em que possamos escolher ou sermos demasiados esquisitos sobre que vacina tomar”. Além disso, o virologista realça as dificuldades que o Chile tem na compra de vacinas nos mercados internacionais: “Da Pfizer só chegaram doses para 100 mil pessoas. Através do programa Covax [da Organização Mundial de Saúde] devem chegar algumas da AstraZeneca. A da Moderna não deve chegar ao Chile”.

O que é que Portugal pode aprender com a experiência chilena?

A experiência chilena poderá ajudar Portugal a trilhar um caminho até agora desconhecido. Com a população frágil vacinada, como deverá ser a comunicação — e a decisão — do Governo? Como é que se vai decidir que a população tem de estar confinada quando se sabe que o SNS não está lotado ou que o número de óbitos será relativamente baixo?

Mesmo que haja um aumento de contágios, Tiago Correia considera improvável que os confinamentos voltem a fazer sentido. “É possível que as infeções aumentem, mas nunca teremos uma vaga tão pronunciada com em janeiro, principalmente em termos de mortos”, antevê o investigador. Neste contexto, a “população vai estar legitimamente com dúvidas sobre se faz sentido restringir as liberdades individuais, porque as vacinas são eficazes contra os sintomas graves das doença e os mais frágeis estão protegidos”, acrescenta.

Além disso, uma situação nova será que o padrão das curvas (de casos, internamentos e mortes) não se deverá voltar a repetir. Ou seja, um aumento de infeções diárias poderá não ter impacto no aumento de hospitalizações, nem no de de óbitos. Ainda que no Chile tal tenha sucedido, em Portugal não parece provável — e mesmo no país da América do Sul as hospitalizações de pessoas com menos de 65 diminuíram. “É uma situação nova e ninguém sabe ao certo o que vai acontecer”, indica Tiago Correia.

No Chile, as pessoas começaram, logo a seguir ao arranque da campanha de vacinação, a ter menos cuidados — e o governo do país não soube transmitir uma mensagem correta e adequada. Para evitar um escalada das infeções em Portugal, o investigador defende que deve haver uma “posição concertada da Direção-Geral de Saúde sobre o que se deve fazer, um gradiente de medidas em função de se as pessoas estão ao não vacinadas”. “Uma pessoa com duas tomas da vacina o que deve fazer? Pode almoçar com a família? Deve usar máscara?”, exemplifica Tiago Correia.

“Tem de haver coragem para que haja uma orientação científica nos vários momentos do dia, em vários contextos, fora e dentro de casa, sobre o que os vacinados e os não vacinados devem fazer. Ainda não se viu nada em Portugal e cada pessoa faz à sua maneira”, atira. E o exemplo do Chile mostra que uma mensagem pouco clara pode levar a um grande prejuízo.

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