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50 anos depois da vitória de "Waterloo" na Eurovisão, como ouvimos hoje os Abba?

Foi a 6 de abril de 1974 que os suecos venceram a Eurovisão. Tornaram-se um fenómeno mundial, mas nunca foram consensuais. Que legado deixou a banda e o que mudou no gosto e na crítica?

Foi há precisamente 50 anos, a 6 de abril de 1974, que os ABBA se deram a conhecer ao mundo ao ganharem o festival da Eurovisão. Era a primeira vez que se apresentavam com este nome e Waterloo foi o primeiro grande êxito do quarteto sueco, que se tornaria num fenómeno mundial nos anos seguintes.

Êxito atrás de êxito, foram construindo uma base de fãs sólida um pouco por todo o lado. Foi o resultado de muitas canções pop eficazes, mas também de estratégias bem delineadas que os tornaram numa banda que quebrou barreiras e cânones.

Ao mesmo tempo, nunca foram consensuais. Até se separarem em 1982 (sendo que a reunião só aconteceu muito recentemente, a partir de 2016), a crítica foi quase sempre desfavorável aos trabalhos do grupo. Construiu-se um preconceito? E meio século depois, em que pé estamos? Os ABBA têm o reconhecimento devido? Já é cool dançar ao som dos suecos?

Uma banda que se apresentou ao mundo na Eurovisão

Não foi à primeira nem à segunda. Há alguns anos que a banda formada no início da década de 70 por dois casais — Benny Andersson e Anni-Frid “Frida” Lyngstad, Björn Ulvaeus e Agnetha Fältskog — tentava a sua sorte na Eurovisão. Tinham concorrido, nalguns casos a solo mas também em grupo, ao Melodifestivalen, o Festival da Canção sueco, onde se determinava o representante nacional que seguiria para a Eurovisão.

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Em 1973, enquanto Björn & Benny Agnetha & Anni-Frid, tinham-se candidatado ao concurso com o single Ring Ring, mas só conseguiram ficar com o terceiro lugar do pódio. Porém, era a convicção da banda — e do seu manager Stig Anderson, o fundador da editora Polar Music — que a Eurovisão seria uma excelente montra internacional para afirmar as qualidades do grupo enquanto intérpretes, performers, compositores e produtores. E tinham razão.

[a atuação dos Abba na final da Eurovisão de 1974:]

Depois de vencerem o Melodifestivalen com Waterloo, traduziram a letra para inglês, algo pouco comum, para a levarem ao festival internacional. Era a estreia dos ABBA com este nome, um palíndromo que juntava as iniciais dos quatro nomes. Numa noite renhida, conseguiram superar por poucos pontos a canção italiana. Foi por um triz, mas sagraram-se mesmo os vencedores da Eurovisão, num momento de glória que teria muito mais ressonância ao longo dos anos.

Em Londres, a capital britânica, um jovem Tozé Brito assistia aos acontecimentos da noite. “Lembro-me perfeitamente do impacto que foi ter visto um grupo que, na altura, fugia completamente àquilo que era a estética da Eurovisão, tanto musical como visual”, recorda ao Observador, ele que alguns anos mais tarde seria editor dos ABBA em Portugal, enquanto executivo da Polygram.

“O grupo quebrava com todos os cânones. Estamos a falar de 1974, uma altura em que a música mainstream estava muito naquele caminho das canções italianas, francesas e até espanholas que tinham dominado o festival durante muito tempo. Eram canções muito mais tradicionais e de repente apareceu uma canção fresca, completamente diferente”, defende. “A Waterloo tem uma força incrível, não é por acaso que as pessoas ainda a cantam. Isso é um teste de fogo. Quando uma canção é tão eficaz que quase 90% das pessoas sabem cantar ou trautear o refrão, alguma coisa está bem feita. E eles fizeram isso muitas vezes.”

Para Nuno Galopim, crítico musical e atual diretor da Antena 1, além de assumido entusiasta da Eurovisão e uma figura-chave da produção do Festival da Canção, aquele foi o “momento de revelação” e a “entrada em cena” dos ABBA.

"São génios do marketing, só que neste caso as ferramentas são a música, a palavra e as métricas em que às vezes importa mais de que forma é que uma palavra vai ficar na tua cabeça e como a vais memorizar, do que propriamente se o significado do que está a ser cantado é real ou não.”
Alex D'Alva Teixeira

“É uma canção que pisca o olho ao que estavam a ser as transformações sonoras e visuais que a música vivia com o fenómeno glam rock. E tem tudo aquilo que se deseja naquilo a que se chamavam então as novelty songs. Ou seja, uma canção que traduzia os sinais dos tempos em busca de um episódio de sucesso”, explica. “Tinha uma melodia forte, associava-se a um género musical então em voga. Depois cria um jogo de contrastes muito curioso entre o que é uma memória de guerra e uma história de amor. Esse jogo é aliciante para a construção de uma narrativa e apresentam-se visualmente de uma forma igualmente capaz de comunicar. Conseguiram explorar uma imagética que apontava para os tempos do Napoleão.”

A história dos ABBA poderia ter ficado por ali, mas o que se passou a seguir foi determinante para a longevidade do sucesso do grupo. “Se só tivesse havido um Waterloo e não tivessem havido os episódios seguintes, a carreira dos ABBA não teria alcançado a dimensão global que depois conseguiu erguer nos dois ou três anos seguintes. O Waterloo dá-lhes um primeiro momento de grande comunicação através da Eurovisão, com uma canção com potencial para não se esgotar naquela noite, mas pouco depois há uma sucessão de eventos e de edições que lhes permitiu criar laços em vários países chave.”

O caminho estratégico depois da Eurovisão

A tão desejada vitória na Eurovisão tinha acontecido, mas não havia garantias sobre o que isso significava para o futuro dos ABBA. “Pensei que aquela canção tinha sido um tiro no escuro, que tinham acertado, e que a história acabava ali. Fiquei completamente convencido de que não ia ouvir falar mais naqueles senhores”, confessa Tozé Brito.

“Era o que se passava quase sempre em todos os festivais. O que nunca me passou pela cabeça foi que os ABBA viessem a ter a força que tiveram a nível global — não estamos a falar só da Europa, porque eles entraram por Inglaterra e depois chegaram aos Estados Unidos — e foram número 1 no mundo inteiro. Vindo de um grupo sueco, é absolutamente único, não creio que tenha havido mais nenhum que tenha conseguido isso. E não foi só uma vez. Foram muitas, durante muitos anos, cada álbum e canção que saía tinha lugar nos tops a nível mundial.”

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Estocolmo, 1977: Stig Anderson, o manager dos Abba, com o músico Bjorn Ulvaeus

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Nuno Galopim lembra que houve uma estratégia deliberada que ajudou a massificar os ABBA pelo planeta. Em vez de estabelecer contratos e edições globais, Stig Anderson pensou em abordar os grandes mercados um a um. “Durante vários anos, os ABBA vão lançando singles consoante o comportamento de cada um dos territórios e, em muitos casos, apostam mesmo em versões traduzidas das canções — para alemão, francês e sobretudo espanhol.”

Tozé Brito entrou para a Polygram entre 1977 e 1978. Era a editora dos ABBA em Portugal e por isso começou a ter reuniões internacionais com Stig Anderson sempre que existia um lançamento importante da banda sueca. “Ouvi sempre os discos antes de serem colocados à venda. O Stig Anderson era o quinto ABBA e havia uma máquina oleada, bem pensada e estruturada.”

Só conheceu dois dos ABBA mais tarde, já depois do fim do grupo em 1982, quando Benny Andersson e Frida Lyngstad visitaram Portugal numas férias e contactaram a editora para os ajudar com questões logísticas. “Tive a oportunidade de jantar e conversar um pouco com eles. Pessoas super simpáticas, simples, não havia vedetismos absolutamente nenhuns. Gostei imenso de os conhecer. Eram frios, como todos os escandinavos são, não eram propriamente muito dados nem calorosos como nós latinos, mas muito simpáticos.”

Não só a Eurovisão foi fulcral como rampa de lançamento para a carreira internacional dos ABBA, como os ABBA foram importantes para consolidar e projetar a relevância do concurso. “Não é à toa que, passados 50 anos, é um fenómeno global, que é apreciado para lá das fronteiras europeias”, defende o músico Alex D’Alva Teixeira.

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Os Abba na noite da vitória na Eurovisão, a 6 de abril de 1974, em Brighton

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No 50.º aniversário da Eurovisão, em 2005, Waterloo foi mesmo escolhida como a melhor canção de sempre do festival. “É um momento marcante na história da própria Eurovisão”, confirma Nuno Galopim. “Se bem que já tivesse havido na década de 60 alguns instantes de comunicação de modernidade pop na Eurovisão, nomeadamente com a vitória de France Gall em 1965; ou com a Sandie Shaw em 1967; é com a vitória dos ABBA que, mais do que nunca, a Eurovisão procura uma sintonia com uma modernidade pop rock. Os ABBA são a primeira banda pop a conseguir ter na Eurovisão o espaço para a afirmação de uma carreira global. A Céline Dion também o teria mais à frente, e os Måneskin  de certa forma, num tempo diferente, também conseguiram dar um salto.”

Canções orelhudas, refrões memoráveis, êxitos atrás de êxitos

Waterloo foi apenas o início de um legado em que, múltiplas vezes, os ABBA provariam ser os autores de canções pop altamente eficazes e orelhudas. “É o bê-à-bá dos singles pop. Foi também ali que a estrutura pop das canções nasceu”, acredita Mimicat, que este ano foi uma das protagonistas num tributo aos ABBA no Festival da Canção. “Os refrões sempre muito orelhudos, eles eram muito bons a fazer aquilo a que nós chamamos os hooks, aquelas melodias chave que ficam o dia inteiro na cabeça. Acho mesmo extraordinário, se fores dissecar aquilo tudo, eles ali têm mesmo pérolas. Existem imensos pormenores geniais. Foi muito interessante fazer o tributo porque a música é super contagiante.”

[o tributo aos Abba na edição deste ano do Festival da Canção:]

Sónia Tavares, vocalista dos The Gift, cresceu a ouvir ABBA em casa (o pai era fã) e, durante a juventude, o seu colega de banda Nuno Gonçalves costumava levar temas dos suecos para a discoteca do pai onde passava música. Também ela comenta no mesmo sentido. “Cada tiro, cada melro. Eles eram máquinas de fazer singles. Os ABBA são uma lenda e aquilo que trouxeram musicalmente, a qualidade das canções, a maneira de as fazer, as estruturas, aquilo harmonicamente é tudo ultra bem construído e digamos que são os professores desta música mais pop.”

Alex D’Alva Teixeira, que se vê como um “fã ocasional” dos ABBA, olha para a forma como usavam o seu talento de um ponto de vista quase matemático, mesmo que a música não seja uma ciência exata. “São pessoas geniais que estavam muito mais interessadas em fazer música quase como se ela fosse um produto. São génios do marketing, só que neste caso as ferramentas são a música, a palavra e as métricas em que às vezes importa mais de que forma é que uma palavra vai ficar na tua cabeça e como a vais memorizar, do que propriamente se o significado do que está a ser cantado é real ou não.”

Para o músico, são “um nome incontornável, com canções icónicas, que acabam por ser uma espécie de blueprint daquilo que é uma boa canção pop”.

O antes e depois dos ABBA na música sueca (e mundial)

Os ABBA representaram também a possibilidade de uma banda fora dos países anglo-saxónicos conseguir afirmar-se de forma plena a nível mundial. “Hoje não ficamos surpreendidos quando vemos bandas de K-pop ou figuras vindas dos mercados latino-americanos, mas na altura era invulgar”, recorda Nuno Galopim.

“Acontecia haver um sucesso pontual. Os ABBA conseguiram, antes desta capacidade do mercado global ouvir músicas vindas de várias geografias, instituir uma carreira planetária. E abriram depois caminho para que outros nomes da música sueca o fizessem. Não com as mesmas canções, mas pelo menos com a mesma amplitude de expansão geográfica, como os Roxette e os Ace of Base, por exemplo.”

“Deram azo a tantos outros que por aí vieram — dos Roxette aos Europe, passando pelos Cardigans —, isto porque o estado sueco percebeu com os ABBA que, se houvesse um investimento, o retorno poderia ser impressionante. É uma percentagem significativa da economia sueca.”
Sónia Tavares

Mimicat salienta o facto de terem sido referências enormes no seu país, mostrando que era possível singrar a nível global. “Inspiraram toda uma geração de songwriters e artistas. Os suecos continuam a ser brilhantes a fazer música pop, existem imensos produtores suecos que criam hits pop mundiais. No fundo, acho que eles criaram esse precedente e essas referências”.

A aposta do estado sueco nas artes e, em particular, na música, tem sido um exemplo dado publicamente pelos The Gift há vários anos de algo que, se fosse aplicado em Portugal, poderia contribuir para um setor musical mais saudável e estável. “A Suécia, ao contrário do que se poderia esperar de um país aparentemente frio, que podia não ter muito a ver com aquela cor toda que os ABBA emanavam, foi um país que desde sempre se dedicou muito… Criou escolas de propósito para se fabricar ‘música moderna’. Os ABBA já vêm de uma escola, com meios e background, para serem máquinas de fazer singles”, defende Sónia Tavares.

“Deram azo a tantos outros que por aí vieram — dos Roxette aos Europe, passando pelos Cardigans —, isto porque o estado sueco percebeu com os ABBA que, se houvesse um investimento, o retorno poderia ser impressionante. É uma percentagem significativa da economia sueca”, diz, sobre o país de origem do Spotify e de muitos dos produtores que trabalham com algumas das principais estrelas pop a nível mundial. “Quase toda a música pop que ouvimos hoje é por causa de produtores suecos como o Max Martin”, acrescenta Alex D’Alva Teixeira, dando o exemplo do homem que tem trabalhado com nomes como Taylor Swift, Britney Spears, Ariana Grande, Backstreet Boys, Maroon 5, The Weeknd ou Katy Perry.

Uma banda que dividiu opiniões e não era bem tratada pela crítica

Waterloo, Dancing Queen, Mamma Mia, Gimme! Gimme! Gimme! (A Man After Midnight), Voulez-Vous ou Fernando. Os grandes êxitos dos ABBA são um autêntico desfile de hits, o grupo conquistou milhões de fãs por todo o planeta ao longo das décadas, mas nunca foram uma banda consensual.

Para Nuno Galopim, a raiz do problema está na crítica musical das décadas de 70, 80 e 90, sobretudo na imprensa escrita. “Os ABBA foram um caso de sucesso imediato com a Waterloo. O fenómeno perante o grande público nunca foi questionado. O preconceito contra os ABBA foi invenção da crítica. A crítica, até ao século XXI, sempre foi altamente preconceituosa na sua má relação com muitos fenómenos de sucesso. Os ABBA não são caso único. Podemos falar da Madonna e até do próprio Michael Jackson”, defende.

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Benny Andersson, Anni-Frid Lyngstad, Agnetha Faltskog e Bjorn Ulvaeus na estação de comboios de Waterloo, Londres, a 10 de abril de 1974

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“Até ao século XXI, com o aparecimento dos blogs, das webzines e a liberalização do acesso à escrita, houve sucessivas gerações de críticos moldados por uma forma de definir aquilo que era bom e aquilo que era mau. Havia uma espécie de polícia do gosto através da crítica. E tinha paradigmas mais rockistas e associados a uma ideia de música de qualidade, e preconceitos tremendos contra fenómenos do sucesso. A crítica atual não vê com maus olhos nem a Madonna nem os ABBA. Houve um processo de transformação que tem a ver com uma outra forma de olhar para a música, uma abertura de horizontes para lá dos géneros.”

Tozé Brito acrescenta: “É sempre muito complicado, quando há imenso sucesso comercial, conseguir a unanimidade da crítica. Há uma certa crítica que, por natureza, e acho que é mesmo uma questão de preconceito, não consegue dizer bem sobre determinados artistas. Porque aquilo é comercial demais para os gostos deles. Há grupos que são muito acarinhados pela crítica quando aparecem, e depois se crescem demasiado… Tornam-se populares demais. Até os Beatles sofreram desse mal. Neste momento a Taylor Swift é a maior artista do mundo. E é desprezada pela grande maioria da crítica”.

No entanto, Tozé Brito diz que o tempo também pode ter ajudado e acredita que hoje o mérito dos ABBA é mais reconhecido. “O tempo também tem essa vantagem. O único ponto que não é subjetivo é a intemporalidade das músicas. E quando 50 anos depois continuamos a falar deles e da Waterloo, alguma coisa foi bem feita. Se gostamos ou não, é outra questão e eu compreendo que haja pessoas que não gostem, mas se tiveram o sucesso que tiveram, com aquela aceitação mundial, alguma coisa foi bem feita. Não acontece por acaso. E o tempo vai dando razão àqueles que na altura os defenderam.”

"Poucas bandas e artistas se podem gabar de, ao longo dos seus percursos, terem um conjunto tão vasto de canções conhecidas desde os pinguins da Antártida aos ursos do Polo Norte. Como DJ, já o experimentei: quando passo ABBA, a coisa é no mínimo muito eficaz. É quase unânime."
Nuno Galopim

Alex D’Alva Teixeira sente que o reconhecimento dos ABBA depende muito dos contextos. “Há sítios em que é fixe gostar dos ABBA, e outros em que nem por isso. Mesmo na Suécia, eles sofreram esse mal durante décadas. Eram vistos como uma coisa foleira. Um bocado como os Modern Talking são vistos na Alemanha. Mas foi preciso o Elvis Costello ir à Suécia e fazer uma cover dos ABBA e dizer que são os melhores criadores de canções para muitos suecos ficarem convencidos de que aquilo que eles fizeram era uma coisa boa. Acho que grande parte deste culto em torno dos ABBA também vem desse episódio, em que é preciso vir alguém de fora validar uma coisa doméstica.”

Sónia Tavares acrescenta: “Ache-se piroso ou não, há sempre aquelas pessoas que o vão achar, e isto é música que é impossível de ser completamente consensual, porque nem toda a gente está virada para tanta cor, para tanta alegria. Mas quem aprecia música pela música acredito que tenha admiração”.

Nuno Galopim não tem dúvidas de que são a banda que, após os Beatles nos anos 60, mais memórias coletivas construíram a nível mundial com as suas canções. “Mais do que os Rolling Stones e do que os Pink Floyd, porque estou a falar de singles de sucesso em todo o mundo”, aponta. “Poucas bandas e artistas se podem gabar de, ao longo dos seus percursos, terem um conjunto tão vasto de canções conhecidas desde os pinguins da Antártida aos ursos do Polo Norte. Como DJ, já o experimentei: quando passo ABBA, a coisa é no mínimo muito eficaz. É quase unânime. E não gosto de falar naquela coisa que por vezes dizemos, com certa crueldade, que é o guilty pleasure. Pergunto sempre: guilty porquê?”

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