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Como o comércio eletrónico vai mudar os negócios

Os novos hábitos digitais vieram para ficar: os portugueses aumentaram significativamente os pagamentos com cartão e as compras online desde o início da pandemia. O que se prevê que continue.

A pandemia de Covid-19 alterou a nossa rotina e uma das respostas mais decisivas resultou do digital. O trabalho remoto tornou-se normal, as lojas adaptaram-se ao online e os consumidores começaram a basear as suas escolhas na conveniência e segurança. Os impactos são visíveis e fáceis de encontrar todos os dias, a começar pela popularidade do comércio eletrónico, que está longe de ser apenas um “extra” e será uma aposta cada vez mais decisiva no comércio nacional e internacional. De acordo com um estudo da GfK para a Visa, 44% dos consumidores portugueses começaram ou aumentaram as compras online quando o período de confinamento foi decretado.

A transição das empresas para os canais digitais tem sido alvo de discussão, como uma resposta às restrições durante o confinamento, mas as empresas não foram as únicas a fazer essa  mudança. De acordo com o estudo mencionado anteriormente, os portugueses também seguiram a tendência e mudaram o seu comportamento em relação aos pagamentos eletrónicos e ao comércio eletrónico, com mais de 48% dos inquiridos a utilizarem mais este método de pagamento, em comparação com a sua utilização antes da pandemia.

"O digital é a nova realidade tanto para consumidores como para comerciantes e acreditamos que este comportamento vai continuar no futuro"
Roble Dorronsoro, Diretora da área de relação com Comerciantes e Aceitação da Visa para o Sul da Europa

“O digital é a nova realidade tanto para consumidores como para comerciantes e acreditamos que este comportamento vai continuar no futuro”, refere Roble Dorronsoro, Diretora da área de relação com Comerciantes e Aceitação da Visa para o Sul da Europa. Como tal, mais do que uma tendência, o digital é uma certeza: “os consumidores já estão conscientes das vantagens dos pagamentos digitais, e ter a sua ‘carteira’  disponível no seu smartphone, por exemplo, poder pagar rapidamente com contactless, através de cartões ou mesmo smartphones, tornou-se parte do nosso dia a dia”, acrescenta.

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"Os consumidores já estão conscientes das vantagens dos pagamentos digitais, e ter a sua 'carteira'  disponível no seu smartphone, por exemplo, poder pagar rapidamente com contactless, através de cartões ou mesmo smartphones, tornou-se parte do nosso dia a dia"
Roble Dorronsoro, Diretora da área de relação com Comerciantes e Aceitação da Visa para o Sul da Europa

O estudo da GfK, que procurou compreender os comportamentos dos consumidores em Espanha, França, Itália e Portugal, dado o impacto da Covid-19, indica que cerca de 45% dos portugueses tiveram uma utilização limitada de dinheiro físico nas lojas a favor dos pagamentos digitais desde o início da pandemia. Como resultado, os portugueses inquiridos dizem ter aumentado 39% os pagamentos com cartão de débito nas compras físicas em lojas, enquanto que a tecnologia contactless apresentou um aumento histórico. Neste caso, os consumidores inquiridos afirmam ter aumentado em 48% o uso de pagamentos contactless, o crescimento mais proeminente entre todos os países do estudo. No total, foram entrevistados 3200 indivíduos – 800 em cada país.

É em Portugal que o contactless cresce mais

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Mais conveniente, rápido e seguro. “A tecnologia contactless tornou-se uma necessidade para os consumidores e o comércio eletrónico, e entendemos que este canal será, cada vez mais, uma  fonte de receita para as empresas em todo o mundo”, afirma Roble Dorronsoro. As restrições de contacto aceleraram o uso do contactless em Portugal, que, antes da pandemia, foi registando lentamente o seu impulso: o aumento de 48% é o maior registado entre os quatro países inquiridos. Os portugueses voltam a destacar-se no mesmo tema devido à resposta favorável das lojas  a essa procura: 64% dos inquiridos confirmam que as lojas responderam positivamente à sua  vontade de pagar através de contactless.

Pequenas e médias empresas em rede

O impacto da pandemia de Covid-19 foi sentido principalmente pelas pequenas e médias empresas, que foram impedidas de operar normalmente. As empresas tiveram que se readaptar a uma realidade desconhecida, sem qualquer aviso prévio, onde a adaptação ao online não era uma tendência, mas uma questão de sobrevivência.

"Se algumas empresas foram capazes de se adaptar rapidamente a esta nova realidade, um número considerável, em particular as PME, enfrentou várias dificuldades, uma vez que não estavam adaptadas para fazer negócios online e têm de pensar a nível multicanal. A falta de recursos ou, em alguns casos, de conhecimento para seguir uma estratégia digital, levou as empresas a confiarem no dinheiro e nas compras em loja, o que explica os desafios que enfrentaram desde o início da pandemia"
Roble Dorronsoro, Diretora da área de relação com Comerciantes e Aceitação da Visa para o Sul da Europa

Mais do que uma opção, o comércio eletrónico também se apresenta como o próximo passo para as pequenas e médias lojas, num mercado que está definitivamente a transferir-se para o online. É imperativo estar onde o consumidor está e, além disso, ter a capacidade de responder às suas necessidades, para não ficar para trás nesta corrida de rede.

Mas, como sabemos, nem sempre é fácil para uma empresa mais pequena mudar-se sem percalços para o digital. Para ajudar as PME, a Visa promove a iniciativa “Digitize Your Business“, que procura capacitar as empresas com várias ferramentas essenciais para uma transição digital tranquila. “Queremos apoiar uma recuperação económica que permita às pequenas empresas prosperar e aos consumidores pagar de uma forma transparente, segura e flexível”, sublinha a Diretora da área de relação com Comerciantes e Aceitação  da Visa para o Sul da Europa.

Infografia: HAGA

Além das simples soluções de pagamento para futuros clientes, as PME “terão à sua disposição orientações sobre como criar uma plataforma de comércio eletrónico, como construir uma loja online ou como estabelecer parcerias que lhes permitam colocar a sua estratégia em funcionamento”, revela Roble Dorronsoro.

O objetivo da Visa é ambicioso: ajudar oito milhões de pequenas empresas na Europa. “A Visa tem demonstrado o seu compromisso com o desenvolvimento e adoção de pagamentos digitais em todo o mundo e com o apoio às PME através de vários programas, como o “Where You Shop  Matters“, recorda a executiva, acrescentando que “a Visa estabeleceu parcerias com empresas como a Glovo para ajudar os restaurantes locais a crescerem num momento sem precedentes, com um impacto positivo na economia local”.

Como parceiros do projeto “Digitize Your Business” encontram-se, entre outros, a Reduniq, a Caixa  Geral de Depósitos, a myPOS e a Viva Wallet.

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