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“O Facebook foi desenhado para ser um vício”, “as pessoas mais sozinhas do mundo estão nas redes sociais” e “a Internet tem tido por base uma premissa errada desde sempre”: a de que estaríamos dispostos a vender as nossas informações. O cenário do presente parece destrutivo, mas não vá ao engano nesta entrevista. Gerd Leonhard, pensador, visionário e futurólogo da era digital, acredita que, no futuro, 95% das mudanças provocadas pela tecnologia serão positivas, mas que é preciso certificarmo-nos de que não desumanizamos. O que quer isto dizer? Que temos de proteger o que nos distingue das máquinas e de criar uma espécie de conselho mundial que trace as fronteiras àquilo que os computadores poderão ou não fazer.

Em entrevista ao Observador, antes de ter passado pelo evento Building The Future, promovido pela Microsoft Portugal, o autor dos livros “Tecnologia versus Humanidade” e “O Futuro da Música” explicou porque é que a tecnologia é uma droga e deve ser tratada como qualquer outra droga — o café, o tabaco ou o álcool –, porque quando começas a fazer muito uma coisa que é boa, ela rapidamente se torna numa coisa muito má. Com formação em teologia e ciências sociais, Gerd Leonhard começou a carreira na música e hoje é presidente executivo da The Futures Agency, organização suíça que ajuda a descobrir, compreender e a criar o melhor futuro para os seus clientes.

“Em 50 anos, podemos definitivamente viver noutro planeta e teremos máquinas que pensarão por si e a tecnologia, que costumava estar fora [de nós] como num carro ou num computador, agora vai estar dentro. E por isso pode mudar a forma como pensamos. Todas estas diferenças significam que [a tecnologia] é uma curva que se desenrola assim, muito devagar, e depois sobe rapidamente. E neste momento estamos apenas na partida”, afirmou.

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