Demorou um ano. Exatamente um ano. E para alguns até deveria ter demorado mais ou mesmo não existir. O contexto pandémico mantém-se mas é diferente do que se passava há 12 meses, o que levou a UEFA a dar luz verde à realização do Euro 2020 no ano de 2021. Houve alterações nas cidades sede, continuam a existir ainda discrepâncias na lotação do público, mas Roma continua a receber o primeiro encontro da fase final, com um Itália-Turquia que dará o pontapé de saída para a tão aguardada prova com final a 11 de julho em Wembley.

Portugal apresenta-se como campeão em título e enfrenta também aquele que é o “grupo da morte”, que junta outros dois antigos vencedores da prova, Alemanha e França, e uma seleção mais modesta mas com o apoio de cerca de 70 mil pessoas nas bancadas, a Hungria. E há as estreantes Macedónia e a Finlândia. E as figuras que têm perfil de possíveis revelações na prova, mais ou menos conhecidas, como Elmas, McTominay, Phil Foden ou Dolberg. As 24 equipas na prova são analisadas de forma individual e todas têm uma ligação à Seleção.

Pode também ver ao detalhe as escolhas dos 24 selecionadores, que por lesão, problemas com Covid-19 ou mera opção técnica têm algumas surpresas – sendo que alguns treinadores, como o espanhol Luis Enrique, preferiu chamar apenas 24 elementos em vez dos 26 permitidos, explicando que se trata de uma mera questão de gerir o grupo de trabalho e as possibilidade de irem a jogo ao longo desta fase final do Europeu.

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O Estádio Olímpico de Roma recebe esta sexta-feira o primeiro jogo do Campeonato da Europa mais atípico da história. E não, neste caso não falamos apenas do contexto pandémico que motivou o adiamento do certame por uma ano: pela primeira vez existem 11 cidades de países diferentes (que deveriam ser 12) a receber a prova e não apenas um ou dois; há seleções que jogam os três encontros da fase de grupos em casa e outras que jogam todos fora; alguns estádios terão a lotação quase total (exemplo: a Puskas Arena, onde se jogará o Hungria-Portugal e o Portugal-França, terá lotação de 70 mil a 100%), outros mantêm as limitações ainda hoje comuns na maioria dos países europeus, como a Allianz Arena de Munique que recebe o Portugal-Alemanha a 22%.

Nuances à parte, dentro de campo tudo será igual: as 11 cidades irão receber um total de 51 jogos entre grupos e fase a eliminar de 24 equipas ao longo de 31 dias. Para já, a fase de grupos terá 36 partidas apenas em 13 dias e com quatro canais a garantir a transmissão para Portugal dos encontros: além da Sport TV, que tem os direitos exclusivos da prova e vai transmitir todos os jogos em direto, a TVI vai passar oito partidas em canal aberto incluindo o Portugal-Alemanha no dia 19 (17h), a RTP1 tem quatro encontros incluindo o Portugal-França no dia 23 (20h), a SIC dará duas partidas incluindo o inaugural Hungria-Portugal no dia 15 (17h).

De acrescentar que, além desta sexta-feira que tem apenas uma partida, a primeira semana de competição terá todos os dias três jogos às 14h, 17h e 20h e que na última jornada haverá mesmo quatro encontros por dia, a 21 (grupos B e C) e 23 (grupos E e F), último dia da primeira fase. Os oitavos começam apenas no dia 26.