A Espanha e a Suécia são, nesta fase de antecâmara do arranque do Europeu, as duas seleções que enfrentam mais problemas com a pandemia mas, antes, a Rep. Checa foi de longe a seleção que mais sofreu com a Covid-19: em setembro, num encontro a contar para a fase de grupos da Liga das Nações em casa com a Escócia, vários jogadores e o treinador ficaram infetados, os restantes ficaram todos de quarentena e a equipa teve de chamar nove caras novas sem nenhuma presença na equipa A e até antigos internacionais para não perder por falta de comparência (foi derrotado por 2-1 mas até deu luta). Ficou o susto, não se perdeu o foco, reina a confiança.

A Rep. Checa não tem os nomes de outrora mas surge como uma possível surpresa exatamente por esse facto, entre vários jogadores que já se começaram a destacar nos respetivos clubes na presente temporada mas que não têm ainda os focos centrados em si, casos de Soucek, Masopust, Jankto ou Patrick Schick. E existe mesmo quem consiga colocar os checos como potenciais vencedores, numa realidade muito longe daquela que surge nas casas de apostas: um supercomputador construído com informações de especialistas no Sportradar coloca a equipa a chegar à final da competição com a Dinamarca (outra surpresa) e a ganhar. Fica sobretudo uma dúvida: o que consegue ver esse supercomputador que tem passado ao lado da maioria dos analistas?

BI

  • Ranking FIFA atual: 40.º
  • Melhor ranking FIFA: 2.º (setembro de 1999, janeiro a maio de 2000, abril a maio de 2005 e janeiro a maio de 2006)
  • Alcunha: não tem
  • Presenças em fases finais: 10.ª
  • Última participação: fase de grupos (4.º lugar, 1 ponto)
  • Melhor resultado: campeã como Checoslováquia em 1976 (RFA, 2-2 e 5-3 g.p.) e finalista vencida como Rep. Checa em 1996 (Alemanha, 1-2 a.p.)
  • Qualificação: 2.º lugar no grupo A com Inglaterra, Kosovo, Bulgária e Montenegro (15 pontos em 8 jogos, com um total de 5 vitórias, 3 derrotas e 13-11 em golos)

Jogos em 2021

  • Estónia, 6-2 (V, fora, qualificação Mundial)
  • Bélgica, 1-1 (E, casa, qualificação Mundial)
  • País de Gales, 0-1 (D, fora, qualificação Mundial)
  • Itália, 0-4 (D, fora, jogo particular)
  • Albânia, 3-1 (V, casa, jogo particular)

O onze

  • 4x3x3: Vaclik; Coufal, Kalas, Kaderabek, Mateju; Soucek, Kral, Darida; Masopust, Jankto e Schick

O treinador

  • Jaroslav Silhavy (checo, 59 anos, desde 2018)

O craque

  • Tomás Soucek (26 anos, médio do West Ham)

A revelação

  • Patric Schick (25 anos, avançado do Bayer Leverkusen)

O mais internacional e o maior goleador

  • Petr Cech (124 internacionalizações) e Jan Koller (55 golos)

Os 26 convocados

  • Guarda-redes (3): Ales Mandous (Olomouc), Jirí Pavlenka (Werder Bremen) e Tomás Vaclík (Sevilha)
  • Defesas (9): Jan Boril (Slavia Praga), Jakub Brabec (Viktoria Plzen), Ondrej Celustka (Sparta Praga), Vladimir Coufal (West Ham), Pavel Kaderábek (Hoffenheim), Tomás Kalas (Bristol City), Tomás Holes (Slavia Praga), Ales Matejü (Brescia) e David Zima (Slavia Praga)
  • Médios (9): Antonín Barák (Verona), Vladimír Darida (Hertha Berlin), Jakub Jankto (Sampdoria), Alex Král (Spartak Moscovo), Lukás Masopust (Slavia Praga), Jakub Pesek (Sparta Praga), Michal Sadílek (Liberec), Petr Sevcík (Slavia Praga) e Tomás Soucek (West Ham)
  • Avançados (5): Adam Hlozek (Sparta Praga), Michael Krmencik (PAOK), Tomás Pekhart (Legia Varsóvia), Patrik Schick (Bayer Leverkusen) e Matej Vydra (Burnley)

O local do estágio

  • Praga (Rep. Checa)

A ligação a Portugal

  • Hoje não existe propriamente nenhuma ligação direta da Rep. Checa a Portugal, a nível de jogadores que estejam ou tenham passado pela Primeira Liga. E até as equipas dos convocados, por não serem grandes equipas de primeira linha, não têm jogadores nacionais. No entanto, existe uma ligação com 25 anos entre os dois conjuntos, de má memória nacional: em 1996, na primeira vez que a Seleção deixou de forma mais consistente a imagem de candidata à vitória numa grande competição (apesar dos terceiros lugares no Mundial de 1966 e no Europeu de 1984), a Rep. Checa de Kouba, Kadlec, Berger, Nemec ou Nedved  ganhou a Portugal por 1-0 nos quartos com um golo de Karel Poborsky, que uns anos depois jogaria no Benfica. A Seleção ainda falhou a presença no Mundial de 1998 mas desde aí que esteve sempre nas fase finais.

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