Todas as seleções têm altos e baixos, mesmo que o momento ou a redenção surjam apenas a médio prazo. Aliás, foi mesmo assim que a Alemanha assumiu o protagonismo que teve nos últimos anos, nos clubes e nas seleções: foi à final do Mundial de 2002, teve outra campanha aquém no Europeu de 2004 tal como o de 2000, juntou as principais equipas, reformulou todo o futebol de base e a formação e já foi entretanto campeã mundial e chegou a uma final do Europeu. Com a Itália, bastou apenas dois anos. E sim, a squadra azzurra está de volta.

Roberto Mancini teve uma primeira fase de adaptação e mudança de ciclo, começando a partir daí a montar uma base que abdicou dos três defesas habituais e que foi lançando novos valores ainda enquadrados por quem tinha mais anos de seleção. Contas feitas, a Itália já não perde há quase três anos (quando foi derrotada na Luz por Portugal para a Liga das Nações com golos de André Silva), fez uma qualificação 100% vitoriosa, tem deixado sinais muito interessantes até nos jogos particulares e viu alguns nomes mais novos darem um salto grande esta época como Barella, Chiesa ou Locatelli. Agora chega o teste de fogo mas a era do Renascimento está fundada.

BI

  • Ranking FIFA atual: 7.º
  • Melhor ranking FIFA: 1.º (novembro de 1993, fevereiro de 2007, abril-junho de 2007 e setembro de 2007)
  • Alcunha: Gli Azzurri (Os Azuis)
  • Presenças em fases finais: 10.ª
  • Última participação: 2016 (quartos, Alemanha, 1-1 e 5-6 g.p.)
  • Melhor resultado: Campeão em 1968 (Jugoslávia, 1-1 a.p. e 2-0)
  • Qualificação: 1.º lugar no grupo H com Finlândia, Grécia, Bósnia, Arménia e Liechtenstein (30 pontos em 10 jogos, com um total de 10 vitórias e 37-4 em golos)

Jogos em 2021

  • Irlanda do Norte, 2-0 (V, casa, qualificação Mundial)
  • Bulgária, 2-0 (V, fora, qualificação Mundial)
  • Lituânia, 2-0 (V, fora, qualificação Mundial)
  • São Marino, 7-0 (V, casa, jogo particular)
  • Rep. Checa, 4-0 (V, casa, jogo particular)

O onze

  • 4x3x3: Donnarumma; Florenzi, Bonucci, Chiellini, Emerson; Jorginho, Verratti, Barella; Federico Chiesa, Insigne e Ciro Immobile

O treinador

  • Roberto Mancini (56 anos, desde 2018)

O craque

  • Leonardo Bonucci (34 anos, central da Juventus)

A revelação

  • Nicolò Barella (25 anos, médio do Inter)

O mais internacional e o maior goleador

  • Gianluigi Buffon (136 internacionalizações) e Luigi Riva (35 golos)

Os 26 convocados

  • Guarda-redes (3): Gianluigi Donnarumma (AC Milan), Alex Meret (Nápoles) e Salvatore Sirigu (Torino)
  • Defesas (9): Francesco Acerbi (Lazio), Alessandro Bastoni (Inter), Leonardo Bonucci (Juventus), Giorgio Chiellini (Juventus), Giovanni Di Lorenzo (Napoli), Emerson (Chelsea), Alessandro Florenzi (Paris), Leonardo Spinazzola (Roma) e Rafael Tolói (Atalanta)
  • Médios (9): Nicolò Barella (Inter), Federico Bernardeschi (Juventus), Federico Chiesa (Juventus), Bryan Cristante (Roma), Jorginho (Chelsea), Manuel Locatelli (Sassuolo), Lorenzo Pellegrini (Roma), Stefano Sensi (Inter) e Marco Verratti (PSG)
  • Avançados (5): Andrea Belotti (Torino), Domenico Berardi (Sassuolo), Ciro Immobile (Lazio), Lorenzo Insigne (Nápoles) e Giacomo Raspadori (Sassuolo)

O local do estágio

  • Florença (Itália)

A ligação a Portugal

  • Bryan Cristante, de 26 anos, é o único jogador entre os 26 convocados por Roberto Mancini que já passou pela Liga portuguesa mas sem grande sucesso, depois de ter sido contratado pelo Benfica ao AC Milan por 5,2 milhões de euros em 2014. Após uma época sem grande utilização com Jorge Jesus, o então médio também não foi aposta de Rui Vitória e foi cedido ao Palermo e ao Pescara. A Atalanta comprou depois o passe do internacional por cerca de cinco milhões de euros, com o Benfica a receber mais tarde 4,5 milhões adicionais da Roma pelos 15% de uma futura de transferência que tinha reservado. Cristante foi titular indiscutível nas últimas três épocas no conjunto romano, jogando várias vezes como central.

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