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Para calcular a taxa de desemprego olhou-se para os diplomados entre os anos letivos de 2015/16 e 2018/19, calculando-se uma média, e não apenas os valores de um ano letivo
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Para calcular a taxa de desemprego olhou-se para os diplomados entre os anos letivos de 2015/16 e 2018/19, calculando-se uma média, e não apenas os valores de um ano letivo

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Para calcular a taxa de desemprego olhou-se para os diplomados entre os anos letivos de 2015/16 e 2018/19, calculando-se uma média, e não apenas os valores de um ano letivo

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Há 68 licenciaturas e mestrados com emprego garantido (e 62 com desemprego acima de 10%). Veja quais são

Na lista de licenciaturas e mestrados sem desemprego há 6 de medicina e 12 de engenharias. Mas também há licenciaturas de conservação e restauro, música, agronomia ou estatística aplicada.

(Artigo originalmente publicado a 17 de julho e republicado agora, a 27 de setembro, a propósito dos resultados da 1.ª fase de acesso ao ensino superior)

Engenharia e Medicina podem ser tiros certeiros quando se procura cursos do ensino superior com desemprego zero. Mas não são os únicos. A licenciatura de Ortóptica, no Instituto Politécnico do Porto, Música, na Universidade de Aveiro, ou Farmácia, na Universidade do Algarve, também garantem emprego a todos os seus diplomados. Só que enquanto Medicina forma 5.464 universitários, Ortóptica distribui 35 diplomas, Farmácia 52 e Música 183.

Se a taxa de empregabilidade for importante na hora de escolher um curso superior, importa saber quais são as 68 licenciaturas e mestrados integrados que prometem emprego no fim dos estudos (consulte no gráfico todos os cursos). No entanto, os números, disponíveis no portal Infocursos desde a meia-noite deste sábado, olham somente para os diplomados registados como desempregados no Instituto do Emprego e Formação Profissional. Assim, os que estavam a trabalhar podiam não estar a fazê-lo na área em que se formaram ou os números podiam ser superiores, já que nada obriga um jovem sem emprego a informar o IEFP.

Feita a ressalva, resta dizer que para calcular a taxa de desemprego olhou-se para os diplomados entre os anos letivos de 2015/16 e 2018/19, fazendo-se uma média, e não apenas os valores de um ano letivo.

Quais são afinal os cursos com menos estudantes desempregados? Na lista há um pouco de tudo, desde Conservação e Restauro, Música, Agronomia ou Estatística Aplicada. E, claro, Engenharias e cursos de Medicina. Nos dados mais recentes, há uma novidade — Enfermagem, um curso habitual desta lista, ultrapassa Medicina em número de cursos representados.

Dito isto, quais são afinal os cursos com menos estudantes desempregados? Na lista há um pouco de tudo, desde Conservação e Restauro, Música, Agronomia ou Estatística Aplicada. E, claro, Engenharias e cursos de Medicina. Nos dados mais recentes, há uma novidade — Enfermagem, um curso habitual desta lista, ultrapassa Medicina em número de cursos representados.

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Se olharmos para a natureza do ensino, a rede estatal fica a ganhar já que representa 57,4% do total dos cursos com desemprego zero. A maioria (39) das licenciaturas e mestrados são ministrados em universidades e politécnico públicos, só havendo 29 de instituições de ensino privado.

Entre estas últimas destaca-se a Universidade Católica. Embora apareça na listagem do Ministério do Ensino Superior como uma instituição privada, tem um regime jurídico especial — é uma universidade pública não estatal, que pertence à Conferência Episcopal Portuguesa. Tem 8 cursos que oferecem emprego pleno, mais 5 do que no ano passado — o de Teologia continua a ser o mais representativo, tendo formado 173 alunos divididos por 3 cursos.

Segue-se o ISEC de Lisboa (Instituto Superior de Educação e Ciências) com 3 cursos — Engenharia de Segurança do Trabalho, Gestão Aeronáutica e Óptica e Optometria, este último uma nova entrada em relação aos cursos com emprego zero que oferecia no ano anterior.

Quando o filtro é feito entre politécnicos e universidades, a balança pende para as segundas. Na lista de cursos com desemprego zero só 24 são de politécnicos, contra 44 de universidades. Entre eles, o curso que aparece mais vezes repetido é, tal como no ano anterior — o de Enfermagem.

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Entre as universidades públicas, a que tem mais cursos sem desemprego é a Universidade de Lisboa, num total de 9, mesmo assim uma grande queda em relação aos 24 do ano passado.

Destes, 5 são do Instituto Superior Técnico (no ano anterior eram 8) e passam por diversos cursos de Engenharia e um de de Arquitetura. Já a Faculdade de Ciências surge com dois cursos na lista, Estatística Aplicada e Matemática. E, claro, o mestrado integrado de Medicina.

A segunda instituição pública mais representada é a Universidade de Coimbra com 5 cursos (mais 3 do que o ano passado), de diferentes faculdades: Física, Medicina, Química Medicinal, Ciências Bioanalíticas e Português.

Com três cursos cada, aparecem ainda a Universidade do Porto (+1 do que em 2019), do Minho (+2) e a Universidade Nova de Lisboa. Esta última não tinha nenhum curso neste ranking no ano passado e agora surge com o de Conservação e Restauro, Matemática e Medicina.

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A Universidade do Porto, tal como no ano anterior, mantém o mestrado integrado de Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar na lista de desemprego zero. Da Faculdade de Ciências, surgem os cursos de Engenharia de Redes e Sistemas Informáticos e a licenciatura de Física.

Mais a norte, na Universidade do Minho, só o curso de Medicina não tinha desemprego no ano passado. Agora junta-se a este a licenciatura de Negócios Internacionais (regime pós-laboral) e o mestrado integrado de Engenharia de Telecomunicações e Informática.

Olhando para os cursos, Medicina tem seis lugares — falta referir o da Universidade da Beira Interior — e o único curso que fica fora da tabela é o da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. No entanto, tem uma taxa de desemprego de 0,2% o que em termos estatísticos equivale a dois diplomados e meio num total de 1.156 estudantes que terminaram o curso.

Embora os cursos de Medicina apareçam menos repetidos do que os de Enfermagem ou Engenharias, representam um universo muito maior de diplomados. Os seis cursos com desemprego zero correspondem a 5.464 diplomados, enquanto os 7 de Enfermagem (eram 3 o ano passado) deram canudo a 1.081 universitários.

Os 12 de Engenharia — vencedoras em números absolutos no ranking do desemprego zero — referem-se a um total de 1.223 estudantes, bastante distante do número de diplomados que sai das faculdades de medicina. Esta dúzia de cursos — quatro deles do Técnico — passa pela engenharia de Produção Industrial, Naval e Oceânica ou de Física Tecnológica. Mas é a engenharia na área da informática que mais se repete, com 8 cursos.

Há 62 cursos com desemprego acima de 10%

Olhando agora para o fundo da tabela, para os cursos com maior taxa de desemprego, os valores estão bastante abaixo dos do ano anterior e em nenhum caso ultrapassam os 15%. Apesar disso, há 62 cursos com desemprego acima de 10%. Da mesma forma que o desemprego no país tem vindo a baixar (pelo menos até à pandemia de Covid-19, que terá consequências no emprego dos portugueses) é normal que a empregabilidade dos recém-diplomados também melhore.

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Assim, a percentagem de recém-diplomados que se encontram inscritos no IEFP têm estado em queda. Na informação agora disponibilizada, a taxa total de desemprego fica nos 3,3% para os estudantes do ensino superior público, subindo para os 3,9% no privado. Há 4 anos, os valores estavam em 8,1% e 8,8%, respetivamente.

Um bom exemplo dessa queda é o curso de Serviço Social da Universidade Católica: há um ano tinha uma taxa de desemprego de 25,8% e que agora desce para os 15,4% (e fica em 3.º lugar).

Os valores mais elevados estão todos nos 15% e são de 5 licenciaturas: Energia e Ambiente (15,6%), Gestão de Recursos Humanos (15,4%) e Marketing (15,3%). Entre os cursos com mais de 15% de desemprego, encontra-se ainda Administração de Publicidade e Marketing (15,2%) do Politécnico de Portalegre.

Tal como para os cursos que parecem oferecer emprego garantido, também para calcular os que têm maior desemprego se olhou apenas para um indicador: os licenciados inscritos como desempregados no IEFP.

Este ano, os valores mais elevados estão todos nos 15% e são de 5 licenciaturas. A Católica cede o lugar do topo ao Politécnico de Braga que, para além do 1.º lugar, fica também com o segundo e o quarto — Energia e Ambiente (15,6%), Gestão de Recursos Humanos (15,4%) e Marketing (15,3%). Entre os cursos com mais de 15% de desemprego, encontra-se ainda Administração de Publicidade e Marketing (15,2%) do Politécnico de Portalegre.

Continuando a descer na tabela (veja no gráfico todos os 62 cursos com desemprego acima de 10%), há ainda 10 cursos (só um é mestrado integrado) com desemprego acima dos 14%. O curso que mais se repete é o de Serviços Sociais — dois do Politécnico de Portalegre, e um da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Estes valores são proporcionais ao número de diplomados. Assim, apesar de estar em 1.º lugar, o curso de Energia e Ambiente do Politécnico de Braga tinha apenas 5 desempregados. No Serviço Social da Católica, em números absolutos, o valor era maior: 12,5 diplomados sem emprego.

Sem fazer a conta proporcional, o primeiro e segundo lugar iriam para duas Faculdades de Psicologia e de Ciências da Educação, uma da Universidade do Porto, outra de Coimbra, onde os desempregados dos cursos de Psicologia foram 47 e 46, respetivamente.

Por último, filtrando os resultados por tipo de instituição, vê-se uma alteração de padrão se comparado com os cursos que garantem emprego.

Entre os cursos com mais desemprego aparecem mais politécnicos do que universidades, embora a diferença seja curta (32 contra 30). E é na rede pública que são oferecidos 41 deles contra 21 ministrados no ensino privado (o ano passado a diferença era menor, 19 versus 12).

Depois de ver a taxa de empregabilidade, vale também a pena olhar para as médias de entrada do curso, para ver se tem hipótese ou não de conseguir um lugar no mais desejado. Os números agora divulgados pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência são os mesmos que foram divulgados depois de terminadas as colocações no ensino superior no ano letivo passado, e que o Observador divulgou então.

Nota mais alta de acesso foi a Engenharia Aeroespacial no Técnico

As quatro melhores notas de entrada foram todas para cursos de Engenharia: Engenharia Aeroespacial (189,5) e Engenharia Física Tecnológica (188,8) do Técnico e Bioengenharia (186,5) e Engenharia e Gestão Industrial (186,5) da Faculdade de Engenharia do Porto.

Medicina ficou com o quinto lugar com o curso do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto (185,0), habitualmente aquele que tem notas mais altas.

Olhar para a concorrência também é importante e as Engenharias continuam a estar no topo da procura. Mais de sete mil alunos (16,9% do total), encontraram vaga num dos 213 cursos oferecidos nesta área que vão da engenharia Biomédica à Têxtil. Atenção que é preciso médias altas: entre os 44 cursos em que o último colocado entrou com nota superior a 17, meia dúzia foram de Engenharia.

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A área de estudo que se segue é a de Ciências Empresariais, onde se encontram os cursos de Gestão. Saúde fica em terceiro lugar: em Medicina entraram 1.441 alunos e em Enfermagem 1.909 alunos, um pouco mais de metade dos 6.126 lugares ocupados naquela área de estudo.

A partir da meia-noite de 18 de julho fica disponível a versão de 2020 do portal Infocursos com estatísticas sobre cerca de 3.800 cursos ministrados em 109 instituições de ensino superior — 465 cursos técnicos superiores profissionais (TeSP), 1.671 licenciaturas e mestrados integrados e 1.695 mestrados 2.º ciclo.

Para além dos dados de empregabilidade de cada curso, pode consultar, por exemplo, o número de estudantes inscritos nos três anos letivos mais recentes, a situação dos estudantes um ano após iniciarem o curso e a distribuição das classificações finais dos diplomados.

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