Os internamentos psiquiátricos têm sido uma constante na vida de Paula (nome fictício). Tinha apenas 25 anos quando começou com os delírios de perseguição e a ouvir vozes. O diagnóstico? Esquizofrenia paranoide. Há vários anos que está a ser seguida em diferentes unidades hospitalares, mas o seu tratamento não tem sido fácil. Hoje com 50 anos, esta operária tem sido acompanhada em consulta psiquiátrica, mas nem sempre aparece nas marcações, especialmente aquelas que se seguem a internamentos compulsivos, que têm sido vários desde o diagnóstico.

Ajudar pessoas como Paula a evitarem esta “porta giratória” de constantes internamentos e altas hospitalares é um dos objetivos do projeto de Manuela Silva, psiquiatra e investigadora do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, que venceu a segunda edição do do FLAD Science Award Mental Health, da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD).

No seu projeto, intitulado “Effectiveness of the Critical Time Intervention-Task Shifting (CTI-TS) model for persons with serious mental illness discharged from inpatient psychiatric treatment facilities in Portugal” (“Eficácia do modelo de Critical Time Intervention-Task Shifting (CTI-TS) para pessoas com doença mental que tiveram alta após internamento hospitalar”, numa tradução livre), a investigadora centra-se em dois conceitos, o “Critical Time Intervention” e o “Task Shifting”.

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